
Foto: GD Chaves
Marco Alves é o novo treinador do GD Chaves. A cinco dias de fazer um ano da contratação de José Gomes e quase um mês após o último jogo da época, acaba a indefinição no comando do Desportivo, ao ser o antigo adjunto de Vítor Campelos a comandar os flavienses, num regresso ao Municipal.
A lista de candidatos tinha nomes mais sonantes e até João Henriques esteve perto de assinar. Porém, Francisco José Carvalho decidiu arriscar num antigo elemento do staff. O contrato é de uma época.
Escolhido o treinador, é altura de preparar o plantel para a nova época. Mas a incógnita deste nome levanta a questão: o que podem os adeptos flavienses esperar de Marco Alves? Vamos descobrir.
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Regresso do 4-3-3 ao Municipal
A última experiência de Marco Alves à frente de uma equipa já lá vai. Foi em 2014 no Joane, numa passagem curta. Porém, há algumas luzes: o 4-3-3, que Campelos também usava, será a formação habitual e diferente da ‘moda’ dos três centrais trazida por Moreno.
Do treinador adjunto também se espera um estilo de jogo à maneira do antigo treinador flaviense e que deixou saudades. Licenciado em Educação Física, conta com muitos anos a ajudar na gestão de balneários, o que pode ser um ponta a favor.
Falta saber se conseguirá retirar o melhor de cada jogador, à imagem daquilo que o antigo treinador fez com os parcos recursos que a SAD lhe deu. Uma prova de fogo para o novo timoneiro flaviense.
Marco Alves: O braço-direito de Vítor Campelos

A ligação de Marco Alves a Vítor Campelos começou há muitos anos, ainda na formação do Vitória SC, onde os dois jogaram. Mas até foi o novo técnico do Chaves a começar a treinar equipas.
Esteve sete anos no Serzedelo, da antiga III Divisão, com uma curta paragem pelas arábias para ser adjunto numa equipa. Ainda passou pelo Caçadores das Taipas e Joane antes de se reencontrar com Campelos.
No Trofense foi braço-direito do icónico treinador, seguindo-o para o Vitória SC B, Moreirense e até o Al-Tawoon da Arábia Saudita. Uma longa ligação de quase 10 anos, que teve em Chaves um dos pontos altos.
Um treinador que bem conhece o Desportivo de Chaves
Foi pela mão de Campelos que Marco Alves entrou pela primeira vez no Municipal, em fevereiro de 2021. Davam início a um trabalho de peso que trouxe muitas alegrias ao Desportivo.
Logo na segunda época asseguraram a subida à Segunda Liga, no playoff, depois de um ano em que tiveram de fazer das tripas coração.
Na Primeira Liga, nova época de sonho, a deixar o GD Chaves num fantástico sétimo lugar e bem perto das provas europeias.
Agora chega em circunstâncias bastante diferentes, caídos na Segunda e num divórcio entre adeptos e a SAD. Mas ainda sobram alguns velhos conhecidos no plantel: Rodrigo Moura, Vasco Fernandes, Jô, Benny, Sandro Cruz ou Guima trabalharam com o técnico, que foi muito próximo dos jogadores, não fosse ele o segundo no comando ao lado de Campelos.
Com este conhecimento por dentro do clube, Marco Alves saberá certamente as limitações que a SAD tem. Sentiu na pele as contratações fora de horas, as vendas inesperadas e os reforços desconhecidos.
Agora como timoneiro, terá uma prova de fogo para convencer os adeptos flavienses e com o peso de ser tão próximo de Vítor Campelos.