Foto: Lusa

Desportivo continua lanterna-vermelha depois de somar a oitava derrota consecutiva na Choupana, num jogo onde se mostrou algum coração mas muita pouca cabeça.

Lei de Murphy: “Qualquer coisa que possa ocorrer mal, ocorrerá mal, no pior momento possível”. Esta definição assenta perfeitamente na temporada atual do Desportivo de Chaves, que acaba 2018 no último lugar da Primeira Liga depois da oitava derrota consecutiva consumada frente ao Nacional.

Com quatro alterações no onze, entradas de Ricardo, Luís Martins, Faissal e Platiny para a equipa inicial, o conjunto de Tiago Fernandes voltou a mostrar nervosismo na abordagem ao adversário, fazendo dos primeiros 20 minutos algo aborrecidos com o jogo defensivo dos madeirenses aliado à pouca pressão ofensiva flaviense. A única emoção a aparecer foi  cortesia do árbitro da partida, primeiro numa queda a área de Niltinho, que nada assinalou, e depois com um penálti assinalado sobre Paulinho, mas anulado após consulta do VAR, bem diga-se.

Mas o primeiro golo acabou por surgir, para variar, para o adversário. Cruzamento de Marakis para o segundo poste, Paulinho não pressiona de forma eficaz Witi e o moçambicano dá a bola para Rochez encostar, com Marcão e Hugo Basto a dormir na parada e a ver jogar. O Nacional desconcentrou-se com o golo e permitiu muito espaço ao Desportivo, mas o nervosismo e a falta de cabeça fria fez com que a maioria dos lances acabassem por não dar em nada. Já a terminar o primeiro tempo, um canto ofensivo do Chaves transforma-se num contra-ataque, mas Witi não conseguiu bater Ricardo.

Na segunda parte Marlon foi aposta, substituindo Hugo Basto, que durou um tímpano após uma bolada. O Chaves mostrou bastante nervoso, mas notou-se mais vontade da equipa para pouca qualidade com os pés. Tiago Fernandes lançou Bressan e Avto, mas seriam os locais a marcar outra vez: penálti duvidoso assinalado por mão na bola de Avto e Rochez bisou no jogo aos 76 minutos.

O Desportivo procurou reduzir a desvantagem, indo com tudo para cima do Nacional, mas a base teimou em não entrar, fosse de que forma fosse, e o Chaves volta mesmo ao continente com mais uma derrota, último lugar a quatro pontos da linha de água e muitas dores de cabeça para o técnico Tiago Fernandes. A equipa parece entrar com mais coração em campo, mas o nervosismo e a falta de qualidade são evidentes em vários sectores. Em janeiro têm de haver mexidas e aí ver-se-á o que este Chaves consegue fazer.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

P