Vítor Campelos está de parabéns. São dois anos, 730 dias seguidos a representar o Desportivo de Chaves, que fazem dele o treinador com mais tempo em Trás-os-Montes na era família Carvalho.
Este é um Chaves bem diferente daquele que encontrou quando chegou. Uma equipa cara mas com poucos resultados, que passou a estar perto da subida com o novo treinador. Na época seguinte, com um orçamento bem mais baixo que José Mota, César Peixoto ou Carlos Pinto, alcançou a subida num ano notável.
Agora, na Primeira Liga e com uma equipa limitada, faz milagres: 26 pontos em 20 jogos, que deixam os Valentes Transmontanos bem perto da manutenção.
Vítor Campelos trouxe união e competência para o futebol azul-grená, algo que não era visto desde Luís Castro. Conseguiu o apoio dos adeptos e, se estiver disponível, pode marcar uma era de glória no Municipal.
E os números indicam mesmo isso: no final da época chega ao pódio de treinadores com mais jogos pelo Desportivo de Chaves, ao passar António Borges. Em tempo seguido, só é ultrapassado pelo histórico Raul Águas, já que José Romão teve duas passagens por Trás-os-Montes.
Vítor Campelos está de pedra e cal no Municipal e já tem espaço na história flaviense. Que seja um casamento para durar.