Voto por antiguidade causa “choque” entre listas nas eleições do GD Chaves

Estalou o verniz nas eleições do GD Chaves, depois das duas listas a votos se terem desentendido quanto aos moldes da votação, chegando a pairar a ameaça de impugnação do ato eleitoral.

Em causa está o voto por antiguidade (em que sócios com mais anos valem mais votos), defendido pela lista A de Francisco Carvalho e que acabou por ser o escolhido por decisão do presidente da Mesa da Assembleia Geral, com a discórdia da lista B, de Octávio Borges, que exigia o cumprimento do regulamento eleitoral.

O documento que define as regras das eleições aponta que a ida às urnas funcione numa lógica de “um sócio, um voto”. Porém, tal regulamento data de 1995 e quase nunca saiu da gaveta da secretaria do clube nos últimos 30 anos.

A lista encabeçada por Octávio Borges lançou um comunicado a condenar a decisão, colocando mesmo a hipótese de impugnar as eleições, por serem nulas:

“Estamos certos de que a judicialização da questão daria razão à nossa parte, mas sabemos que os prazos da justiça são alargados, o que poria o nosso Grupo Desportivo de Chaves numa situação de ingovernabilidade durante mais tempo do que o desejado e nada seria pior para o futuro do nosso clube do que ficar num marasmo diretivo durante muito e imprevisível tempo”, lê-se no comunicado.

Os Estatutos do GD Chaves apenas abordam como funcionam as votações nas Assembleias Gerais, nada dizendo sobre as eleições para os órgãos sociais. Segundo a Lista B, a única que se pronunciou publicanente sobre o tema, existe uma mistura de procedimentos neste ato eleitoral: “as eleições, a serem regidas pelo Regulamento Eleitoral, teriam de o ser integralmente e não escolhendo segmentos do regulamento e partes dos Estatutos.”

As eleições do GD Chaves acontecem esta sexta-feira, das 12h00 às 20h00, na secretaria do Topo Sul, no estádio Municipal. É obrigatório apresentar o cartão de sócio e o cartão de cidadão.