Valentes Transmontanos voltaram a fazer das tripas coração, controlaram o Marítimo e conseguiram a segunda vitória consecutiva.
E vão duas. Duas vitórias consecutivas para os Valentes Transmontanos, pela primeira vez esta época. Depois do triunfo arrancado a ferros frente ao Portimonense, Tiago Fernandes avisou que o importante era conseguir vitórias consecutivas, senão a vitória no Algarve não serviria de nada e eis que a equipa correspondeu com mais três pontos, mais um jogo sem sofrer golos e uma subida vertiginosa para o limite da linha de água, encostadinho ao Aves. Para o encontro diante do Marítimo, 12º classificado à entrada para esta partida, o técnico do Desportivo de Chaves apenas trocou de lateral-direito, com Lionn, engripado, a ficar fora das opções e a ser substituído por Paulinho.
O jogo, diga-se, não foi o mais espetacular, com as duas equipas a terem bastantes dificuldades em chegar à baliza contrária, além dos muitos duelos físicos levarem este encontro a chegar às 40 faltas. Tão repartido foi o primeiro tempo que a primeira oportunidade de grande perigo surgiu apenas aos 32 minutos, com um remate de fora da área de William, colocado, a ser defendido pelo guarda-redes dos insulares. Porém, ainda antes desta oportunidade do avançado brasileiro, contrariedade para Tiago Fernandes, com Costinha a lesionar-se sozinho num lance em que escorrega e a ter de ser forçosamente substituído, com Bressan a entrar para o lugar do reforço de inverno.
Na segunda parte o jogo continuou muito disputado, com muitos duelos físicos e muitas faltas, com o vento forte a dificultar ainda mais a troca de bola já que praticamente proibiu as bolas pelo ar. Já a 20 minutos do fim, António Filipe lançou Djavan, o lateral deu a bola a Luther Singh que, da esquerda, mete o esférico para o pé direito e cruza, com o corte defeituoso dos defesas do Marítimo a deixar a bola mesmo à frente da pequena área, onde Bressan atirou cheio de força e colocado para golo, deixando eufóricos os adeptos nas bancadas do Municipal de Chaves.
Até final, Tiago Fernandes apostou numa linha de três centrais, com Calasan a substituir Luther Singh, e o Desportivo de Chaves voltou a aguentar as tentativas de ir para a frente do adversário, mas teve de sofrer aos 76 minutos. Canto na esquerda para o Marítimo, confusão na grande área e Lucas Áfrico, jogador que marcou a reviravolta insular na primeira volta, a atirar à baliza mas Paulinho, no sítio certo, a despachar a bola em cima da linha de golo. No fim o Chaves ainda teve um contra-ataque, que William não conseguiu concluir, mas os três pontos ficaram mesmo em Trás-os-Montes, com o Chaves a ter, em cinco jogos disputados em 2019, três vitórias, dois empates e apenas uma derrota. E os lugares de salvação já aí ao lado.