Fonte: GD Chaves

Fonte: GD Chaves

 

Vem da Madeira o substituto de Vítor Campelos no comando do Desportivo de Chaves. José Gomes, de 52 anos, chega do recém-despromovido Marítimo para agarrar nuns flavienses que vêm de uma época notável, fechada em 7.º lugar, e que acabaram de perder o técnico que os comandava há dois anos e meio.

 

A escolha está longe de recolher consenso entre os adeptos do GD Chaves, com muitas críticas à escolha quando o técnico começou a ser falado. A descida recente com o Marítimo, num ano em que a equipa que comandou em Espanha, o Ponferradina, também desceu, deixam muitas dúvidas sob o novo timoneiro.

 

Vamos conhecer melhor José Gomes e ver o que os sócios transmontanos podem esperar na próxima época.

 

A experiência: 20 anos de futebol de alto nível

 

José Gomes foi escolhido pela administração de Francisco José Carvalho Fonte: GD Chaves

 

José Gomes é um técnico que já passou por muitos campeonatos diferentes e países distintos, quer como treinador principal ou como adjunto.

 

Foi o braço direito de Jesualdo Ferreira no Benfica, FC Porto, Málaga e Panathinaikos. Como treinador, passou por vários clubes da Segunda Liga até se aventurar no estrangeiro, na Hungria, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

 

Nos trabalhos mais recentes, destacar a passagem pelo Rio Ave, Reading, Marítimo (duas vezes) e Almería. Na última época esteve no Ponferradina, que deixou a meio da época um ponto acima da linha de água, e Marítimo, que desceu no play-off.

 

Os feitos: passagens positivas por Vila do Conde e Espanha

 

 

 

A carreira de José Gomes tem vários títulos de campeão nacional como técnico adjunto, mas as conquistas são mais escassas como treinador principal (venceu uma Supertaça da Arábia Saudita).

 

Ainda assim, há dois trabalhos para destacar. Foi em Vila do Conde que teve maior destaque na Primeira Liga em 2018/2019: somou oito vitórias em 21 jogos pelo Rio Ave e deixou a equipa em sétimo lugar, a três pontos dos lugares europeus, antes de sair para o Reading, de Inglaterra, a meio da época.

 

O segundo foi em Almería, onde chegou no final de 2020/2021, depois de ir para o Marítimo após a saída do Reading. Em Espanha treinou um claro candidato à subida e cumpriu quase toda a época 2021/2022, mas deixou a equipa na reta final, ao ser despedido mesmo estando em zona de playoff e a apenas seis pontos da subida direta, a seis jornadas do fim do campeonato.

 

As (muitas) dúvidas: a dupla descida e a delicada fama de “coveiro”

 

José Gomes tem de provar qualidades aos adeptos flavienses Fonte: GD Chaves

 

Costuma-se dizer que “futebol é o momento” e esta altura não é nada simpática para o treinador português. A última época foi muito difícil para o técnico, que esteve em duas equipas (Ponferradina, em Espanha, e Marítimo) e ambas acabaram por descer de divisão.

 

Uma mancha no currículo que fez soar os alarmes entre os adeptos flavienses, que vêm de uma época tranquila e sentem a insegurança de um treinador que tombou na época transata.

 

Além disso, o currículo onde não surge nenhuma imagem de marca do antigo adjunto de Jesualdo Ferreira trazem muitas incertezas ao Municipal, que terá bancadas repletas de sépticos no arranque da temporada.

 

Esta será a tarefa mais árdua para José Gomes: convencer os adeptos do Desportivo de Chaves que é o homem certo para o lugar. A bola está agora do lado do novo treinador azul-grená.

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