Marco Alves tem os dias contados

O sonho morreu. O GD Chaves deixou de ter hipóteses de subir à Primeira Liga e ficou obrigado a passar mais uma temporada na Segunda, depois de perder com o Tondela por 2-1.

Neste tempo de lamber as feridas, é hora de se chegar a uma conclusão sobre o treinador Marco Alves: Não pode continuar no Desportivo, de maneira nenhuma.

A época foi de altos e baixos, começou e acabou mal, pelo meio houve uns vislumbres de vitórias que até deram alento aos adeptos, mas tudo ruiu nesta reta final atabalhoada, com derrotas contra adversários diretos e em alturas decisivas. Uma equipa assim não consegue nunca subir.

O técnico tem culpas no cartório. Não soube gerir os jogadores, afastou jogadores com qualidade e entrega (como Ayongo, que desapareceu) para manter com lugar cativo jogadores limitados (Sanca, que só saiu das contas em fevereiro, ou Hélder Morim que até passou a ser lateral esquerdo).

Durante os jogos não era melhor. Demorava muito tempo a fazer substituições e parecia ver um jogo diferente dos adeptos nas opções que tomava. Também não sabia fazer as mudanças necessárias para conseguir pontoas em jogos mais adversos. A comunicação também deixou a desejar, com um discurso vazio que não empolgou os adeptos e afastou os jogadores do foco da temporada.

É certo que nem tudo foi culpa dele. O plantel não tinha a qualidade digna que uma equipa que fosse subir e, os jogadores que chegaram, vieram já tarde no mercado de verão. Na janela de inverno não foi muito melhor, apenas com Tiago Reis a ser a nota positiva.

Agora é altura de pensar na próxima época onde, para o bem de ambas as partes, será melhor cada um seguir o seu caminho. O Desportivo precisa de um técnico que consiga dar a confiança e energia da qual a massa associativa está privada desde a saída de Vítor Campelos.

Uma coisa parece certa: Marco Alves tem os dias contados.