Um desastre chamado Francisco José

Mais uma época do GD Chaves que chega ao fim e, mais uma vez, acaba em desilusão para os adeptos flavienses. O responsável por mais um falhanço é óbvio: o presidente da SAD, Francisco José.

Comecemos pelo início. Depois de uma época em que se andou a brincar aos treinadores, primeiro com o desastroso José Gomes e depois com o limitado Moreno, decidiu-se que a melhor pessoa para levar o Desportivo de volta à Primeira era… Marco Alves, o antigo adjunto de Vítor Campelos que não era treinador principal há dez anos.

Desmotivados os adeptos com mais uma dúbia escolha para treinador, eis que Francisco José voltou a fazer as suas: mais um mercado lento, com reforços a chegarem tarde e uma SAD à deriva, que mais parece ser gerida por Whatsapp por alguém que passa mais tempo na capital que em Trás-os-Montes.

A época começou terrível, com exibições paupérrimas, quatro jogos sem ganhar logo a abrir o campeonato e uma equipa que não dava garantias para sonhar com a subida.

Chegados a janeiro, era preciso mexer com a equipa, mas claro que as contratações tardaram, para variar. Valeu por Tiago Reis, um dispensado do Nacional que resultou, e Soro, um nome ex-Vizela que foi mediano. E ficou-se por aqui.

Se a equipa até teve uma fase que deixou os adeptos a acreditar, um obstáculo inultrapassável deitou a época ao charco: Falhanço atrás de falhanço em jogos decisivos, que fizeram da promoção uma miragem.

O resultado final foi um desastre: sétimo lugar no campeonato, com alguns resultados paupérrimos, como nem marcar um golo contra o Mafra, último classificado desde cedo. Ou a derrota com um Paços Ferreira em sofrimento numa altura crucial.

E o que tem o sr. presidente da SAD a dizer depois de tamanha desilusão? “Aprendemos, crescemos e voltaremos mais fortes”.

Numa afronta à exigência e expetativa dos adeptos flavienses, ‘Chico Zé’ nem apanhou que a equipa que gere caiu por terra com uma péssima classificação na tabela. Mais parecia a reação a alguém levar-lhe o café sem açúcar que a dar explicações por mais um colapso.

Quem se ‘lixa’ é o sócio que paga quotas e tem de aturar isto. E ai de quem seja exigente, que vem logo a queixa de “ingratidão”, qual vampiro sedento por bajulação.

‘Chico Zé’ tem de perceber uma coisa: ninguém tem nenhuma dívida de gratidão para com ele, seja lá isso o que for. Tê-lo como presidente da SAD é uma infeliz consequência que tem de se aturar por causa de quem decidiu pegar no Chaves em 2011.

Se tivesse uma real “paixão” pelo Desportivo, já se teria demitido por respeito aos adeptos. Mas quando o Chaves não é o “primeiro amor”, não se pode contar com nada disso.