O que raio aconteceu a Calasan?

O GD Chaves voltou a mostrar debilidades no centro da defesa no último jogo com o Feirense. Kevin Medina voltou à titularidade, mas mais uma vez mostrou não ter estaleca para uma equipa como o Desportivo e ainda mais para o estilo de jogo de César Peixoto. Se Hugo Basto já mostrou algumas limitações, então o colombiano é uma carta praticamente inútil no plantel azul-grená. Porém, há um defesa-central na equipa, que já mostrou ser bom de bola e seguro a defender, mas que, por algum motivo que não se entende, fica sempre fora das escolhas: Nemanja Calasan.

O sérvio jogou apenas seis partidas esta época, mas em todas elas mostrou serviço e deu mais que indicações de ser um defesa de grande qualidade, principalmente com a bola nos pés. Mas essas boas indicações não parecem ser suficientes para José Mota e César Peixoto, o que deixa toda esta questão a cheirar bastante a esturro. O que raio se passa aqui? Voltaram a fazer o que fizeram ao Eder Díez, em que o queimaram perante todo o balneário ao apresentarem-no a João Eusébio? Ou não sabem integrar o jogador e tirar o melhor dele, mesmo quando toda a gente vê que há mais que talento ali?

A casmurrice de bater sempre nas mesmas teclas é para lá de inexplicável. A aposta constante em jogadores que claramente estão a mais – e até têm os dias contados por estarem emprestados – é incompreensível e, entretanto, jogadores que estão desejosos por oportunidades e que seriam claras mais-valias para a equipa ficam de fora constantemente. Quantos mais jogos é preciso que a defesa meta água para dar tempo de jogo ao melhor central do plantel? Ou ele tem só o “azar” de ter o empresário errado?

Questões para a qual ninguém tem resposta, mas que convinha os responsáveis pelo GD Chaves serem questionados, porque não faz qualquer sentido esta situação. Dêem uma oportunidade a Calasan.

“Visto da Descoberta” é o editorial da Comunidade Azul-Grená. Às quartas-feiras, é comentado um tema do dia-a-dia do Grupo Desportivo de Chaves.