Chaves 0-0 Leixões: Podia ser pior

Um jogo demasiado morno que podia ser pior, mas com algumas melhorias em relação à primeira jornada. Ainda assim não foram suficientes para desfazer o empate inicial.

Chaves vs Leixões (0-0)

Os flavienses até tiveram um melhor arranque fazendo antever que a equipa vinha disposta a conquistar os 3 pontos, mas depois de 5/10 min de superioridade o Leixões conseguiu equilibrar e o jogo começou logo aí a partir-se com oportunidades a surgir nas duas balizas de longe a longe.

Marco Alves surgiu com duas alterações no onze com as saídas de Kusso e Rúben para fazer entrar Ktatau e Wellington Carvalho, fazendo assim uma alteração tática colocando a equipa a jogar em 4-3-3.

Apesar da boa entrada do Chaves, só aos 37 minutos houve algum frissom nas bancadas quando o árbitro assinala uma falta de Carraça a meio campo, e mostra o cartão vermelho ao experiente lateral do Chaves, contudo o VAR chamou a atenção da equipa de arbitragem no relvado e o árbitro reverteu o cartão para amarelo, depois disso, mais equilibrio com as oportunidades apesar de escassas a surgirem em ambas as áreas, mas sempre com Vozinha e Stefanovic, este mais nervoso nas bolas paradas, ajudados pelos seus defesas a conseguirem controlar.

Na segunda parte houve mais Chaves, mas a única jogada de grande perigo surgiu aos 90 min com Ruben Pina dentro da pequena área, solto de marcação a cabecear a bola para… a entrada do túnel dos balneários.

Um jogo que termina empatado a 0, mas que podia ser pior, uma vez que uma vez mais o Desportivo mostrou pouco futebol e defrontava uma equipa moralizada pela reviravolta frente à equipa B do Benfica na primeira jornada.

Onzes iniciais e substituições no Chaves vs Leixões

GD Chaves: Vozinha; Carraça, Vasco Fernandes, Bruno Rodrigues e Kiko (Aaron Romero 90′); Roan Wilson, Pedro Tiba (Pedro Pinho 79′), Ktatau (Helder Morim 90′); Sanca (Kusso 79′), Wellington Carvalho (Ruben Pina 68′) e Paulo Vítor.

Leixões SC: Igor Stefanovic, João Oliveira (Chicão 70′), Rafael Vieira (Jean Filipe 70′), Hugo Basto e Simãozinho; Fabinho (Paulité 63′), André André (Rafael Freitas 63′), André Simões e Paulinho; Werton e Mozino (Moshood 86′).

Notas dos jogadores no Chaves 0-0 Leixões

MVP para a Comunidade Azul Grená

Kiko Vilas Boas – 3: O menos mau da equipa da casa, com boas combinações aqui e ali quer com Wellington primeiro, quer com Rúben Pina mais tarde. Ia deitando tudo a perder na segunda parte com uma reação infantil onde acabou por ver cartão amarelo.

Vozinha – 3: Mais seguro que no jogo em Viseu, mostrou alguma qualidade num par de defesas, também é verdade que acabou por não ter muito trabalho, mas quando o teve, respondeu com eficácia.

Carraça – 3: Acabou por não ter uma tarde tão difícil como se esperava, fez um par de bons cruzamentos, e mostrou o seu forte que são as bolas paradas, e foi nas bolas paradas que o Chaves criou mais perigo. Viu um cartão vermelho, posteriormente revertido pelo VAR, num lance em que o árbitro claramente ajuizou mal.

Vasco Fernandes – 3: Uma vez mais com a braçadeira de capitão, esteve muito mais concentrado que na primiera jornada, conseguiu limpar tudo o que havia para limpar, tendo um jogo seguro e tranquilo.

Bruno Rodrigues – 3: Também ele com uma exibição mais segura, foi importante num par de lances com cortes providenciais. Não comprometeu e ainda tentou chegar ao golo uma ou duas vezes. Uma exibição que pode deixar algumas esperanças que ainda podemos ter aqui qualidade.

Pedro Tiba – 3: Ainda longe de ser o Tiba que conhecemos, mostrou-se o patrão do meio campo, ajudando Roan a defender e Ktatau a atacar. Diria que no duelo de trintões no meio campo, Tiba esteve uns furinhos acima de André André.

Roan Wilson – 3: Mais uma melhoria em relação ao primeiro jogo com o médio a mostrar mais segurança defensiva e mais tranquilidade na hora dos passes.

Ktatau – 3: Sem estar muito em jogo, acabou por trazer à equipa aquilo que fez falta a semana passada, um homem a distribuir e a ajudar o ponta de lança. É certo que não teve nenhum lance de destaque, mas trabalhou bem.

Sanca – 3: Talvez a melhor exibição de Sanca com as chaves ao peito, ainda assim está longe de ser o jogador que precisamos. Valeu pelo esforço.

Wellington Carvalho – 3: Também ele longe de ser a sua melhor versão, e percebeu-se que está ainda algo limitado fisicamente. Há espaço para melhorar consoante a recuperação o permitir.

Paulo Victor – 3: O único ponta de lança disponivel no plantel, soubemos hoje que se confirma a paragem prolongada de Jô e como se não bastasse, no final da semana juntou-se Platiny à lista de lesionados. Ainda assim o brasileiro trabalhou muito, apesar de não ter conseguido chegar ao golo.

Ruben Pina – 3: Entrou perto dos 70 min, e ainda conseguiu mexer com o jogo, contudo perdeu a oportunidade de ser o herói ao cabecear para a linha lateral uma jogada que tinha tudo para fazer golo.

Kusso – 2: Esteve pouco tempo em campo, e pouco participativo.

Pedro Pinho – 2: Entrou com Kusso, mas ainda a tempo de ter 2/3 passes falhados e um deles comprometedor.

Aaron Romero – 2: Entrou aos 90 min, e também ele algo desconcentrado, com dois passes falhados que podiam levar perigo à baliza de Vozinha. Sabemos que não deve ser fácil entrar para “apanhar as canas”, ainda assim pede-se mais concentração para todos.

Morim – 2: Também ele entrou já no fim do jogo e só tocou na bola uma vez, para fazer o passe que iria dar em cruzamento para o falhanço de Pina. Uma vez mais inconsequente no jogo, o pouco tempo que esteve, esteve escondido. É preciso exigir mais aos jogadores que entram para a posição de meio campo.

Marco Alves – 3: Reconhecemos-lhe o facto de ter mexido na equipa, para voltar ao 4-3-3 e ter melhorado os índices defensivos. Contudo voltou a demorar muito a mexer na equipa. É verdade que as opções também não são muitas, mas ele já tem a experiência da época em que esteve com o Campelos, que tem de se habituar a fazer omeletes sem ovos, por isso, pede-se algo mais de imaginação nas substituições e claro mais antecedência para que estas possam fazer algum efeito no jogo. Todos sabemos que o Morim não é nenhum Iniesta, mas também não será em 5 minutos que poderá fazer a diferença.