Leandro Sanca festeja golo do Chaves: Foto: GD Chaves
O futebol está de volta! Depois da desilusão da descida na época passada, fazemos uma análise ao GD Chaves versão 2024/2025, onde os flavienses surgem renovados para tentar mostrar serviço na Segunda Liga e reconquistar a confiança dos adeptos transmontanos.
Com um novo treinador, Marco Alves, ex-adjunto de Vítor Campelos que regressa ao Desportivo, vários reforços e alguns jovens que tentam mostrar potencial para crescer, o conjunto azul-grená entra em campo este sábado, às 18h00, para defrontar o Académico Viseu fora de portas.
Mas que GD Chaves é este que vai pisar o relvado nesta primeira jornada? Vamos descobrir.
Análise ao GD Chaves
O novo plantel dos Valentes Transmontanos
Sem surpresas, houve várias mudanças no plantel do GD Chaves desde a época passada. Se é certo que a estadia na Primeira Liga acabou com uma equipa desequilibrada, também ficou evidente que alguns dos melhores jogadores não iam querer continuar na Segunda. Por isso, o goleador Héctor, o criativo Guzzo, o velocista João Correia, o polémico Guima ou o emprestado Essugo disseram adeus ao Municipal.
Para apetrechar a nova equipa flaviense, a SAD assegurou os regressos de peso de Pedro Tiba, Platiny e Wellington (atenção, que o extremo tem tido problemas físicos). A estes junta-se a experiência do internacional cabo-verdiano Vozinha, guarda-redes que chega para o lugar do inconsistente Hugo Souza, o extremo ex-Belenenses Rúben Pina, que deu nas vistas na pré-época, e Aarón Romero, lateral esquerdo espanhol que pode ser útil.
Tirando estes nomes experientes, também houve juventude a chegar a Trás-os-Montes: Tiago Almeida, Kiko Vilas Boas, Roan Wilson ou Ktatau (regressado de empréstimo) chegaram para fazer esquecer as lacunas da época passada.
A estes, junta-se ainda David Kusso, promessa angolana promovida do Chaves B, e jovens como o defesa camaronês Brice, o extremo congolês Ushindi ou os transmontanos Gabi e Rodrigo Melro, que podem ser apostas na equipa principal e nos ‘bês’.
Há ainda um núcleo que transita da época passada: Rodrigo Moura, Gonçalo Pinto, Carraça, Vasco Fernandes, Bruno Rodrigues, Ygor, Júnior Pius, Pedro Pinho, Morim, Sanca, Paulo Victor e Jô Batista.
A Estrela
Pedro Tiba – Regressou seis anos depois ao GD Chaves e é um dos principais jogadores em que os adeptos em esperanças. Será o patrão do meio-campo e um líder no balneário flaviense, além da técnica e remate de longe prometerem fazer estragos na Segunda Liga. A experativa é alta.
A Promessa
David Kusso – Foi uma das novidades na pré-época e parece ter convencido o treinador. Aposta regular nos jogos particulares, o avançado angolano de 20 anos, melhor marcador da equipa B com 18 golos, é uma esperança do plantel e até fez um golo no defeso. Estará aqui um Batxi em potência? A ver vamos.
Lacunas a ter em conta nos flavienses
O campeonato começa este fim de semana, mas o mercado de transferências ainda está aberto até ao início de setembro, mas nesta análise ao GD Chaves mostramos que ainda há algumas lacunas por preencher no plantel para esta temporada.
A baliza está fechada com três guarda-redes e as laterais também estão apetrechadas, mas nem todas as posições estão tão reforçadas. Seriam bem-vindas contratações nas seguintes posições:
- Defesa: Duas saídas de uma assentada deixaram o Desportivo a precisar de mais um central. Vão deixar o Municipal Ygor e Guilherme (que vão deixar poucas saudades), com Vasco Fernandes, Júnior Pius e Bruno Rodrigues a seguirem na frente como os habituais titulares e Brice ainda parece ‘verde’. Mais um defesa para aumentar o nível deverá ser praticamente obrigatório.
- Meio-campo: Há médios para cumprir o serviço, mas é urgente mais profundidade. Hélder Morim continua a desiludir e só há um médio ofensivo na equipa, Ktatau, que se vai estrear na Segunda Liga. Faz falta mais um número 8 e um 10 para esta época, especialmente depois de Kelechi deixar de contar. Pedro Tiba, Pedro Pinho e Roan Wilson podem ser confiáveis, mas são poucas opções.
- Ataque: Um ponta-de-lança faz falta nesta equipa. Apesar da chegada de Platiny, em boa hora, logo a ser o melhor marcador da pré-época, a concorrência de Jô Batista, Paulo Victor (que tarda em destacar-se) ou até o jovem Kusso deixam a equipa limitada na frente e a precisar de mais um homem que garanta golos. Além disso, um extremo também faz falta. Rúben Pina brilhou na pré-época, mas a lesão de Wellington deixou a equipa privada de bons alas… e Leandro Sanca continua a não convencer.
O Treinador do GD Chaves: Marco Alves
É um dos principais focos deste primeiro jogo. Marco Alves, o novo treinador do Chaves, vai ser posto à prova neste jogo com o Académico Viseu, onde os adeptos estarão atentos ao novo timoneiro.
O técnico tem a seu favor o passado no Municipal, onde assistiu Vítor Campelos num dos melhores GD Chaves da última década. O 4-2-3-1 que usa habitualmente faz lembrar outros tempos com melhor futebol em Trás-os-Montes, mas os executantes também têm de mostrar o que valem.
Por outro lado, tem que provar o seu valor como treinador principal… e a paciência no caldeirão azul-grená ficou muito curta desde a época passada. Um bom arranque será fundamental para acalmar as hostes.
