Fonte: GD Chaves
Foi uma das transferências mais polémicas do Desportivo de Chaves em 2016/2017. Rafael Assis teria tudo acordado para assinar pelo FC Porto, deixando os flavienses, mas acabou no SC Braga de Jorge Simão. Sete anos depois, o médio defensivo explicou o que se passou, em entrevista ao ZeroZero, onde lamentou os problemas financeiros dos… portistas.
“Entre os clubes o acordo estava feito. Depois, como determinado pelo clube, fui com o meu agente reunir-me com as pessoas do FC Porto. As condições foram colocadas em cima da mesa e a situação era interessante do ponto de vista financeiro, mas a verdade é que, por causa do fair-play financeiro, não poderia assinar pelo FC Porto e continuar lá”, revelou o brasileiro.
“Eu ia assinar, mas havia um outro contrato em cima da mesa para renovar pelo Chaves. O que é que iria acontecer? Eu não iria ter um contrato com o FC Porto nas mãos, não iria ter essa segurança. Ou seja, se eu depois não fizesse uma segunda metade de temporada igual à primeira, eu não iria para o Porto. Para além disso, não podia haver nenhuma fotografia vazada porque nessa altura o FC Porto não podia contratar”, disse.
Tantos anos depois, o médio lamentou o secretismo no negócio inusitado. “O pré-contrato ficaria com o FC Porto e eu teria de renovar com o Chaves, nem tive uma cópia do contrato. Depois existiam umas cláusulas, que não sabia quais eram e, se fossem cumpridas, eu poderia ser jogador do FC Porto.”
Sem certezas na ida para o Dragão, Assis acabou por rumar ao Minho, para jogar no Sporting de Braga. “Compreendi a situação, o FC Porto e o Chaves e respeitei todas as partes. No entanto, tinha o poder nas mãos e tinha também o Villarreal e o SC Braga interessados. Fui ouvir esses clubes e decidi ir para o SC Braga. Foi uma grande oportunidade, mesmo que as coisas não me tenham corrido muito bem”.
A vida não correu bem a Rafael Assis na Pedreira. Ficou sem jogar, foi emprestado e acabou nas arábias antes de cair nas divisões inferiores em Portugal, onde joga no Trofense.
