Corria o ano de 2007. O Desportivo de Chaves, nas sombras da II Divisão B, recebia o FC Porto (bicampeão nacional na altura) em pleno Municipal, após a sorte do sorteio da Taça de Portugal ter ditado o reencontro entre históricos.

 

Em Chaves a euforia era grande, ao recordar as noites de glória do passado, que não chegavam a Trás-os-Montes há oito anos. Sempre com o fantasma dos problemas financeiros, também significaria um encaixe interessante para a tesouraria flaviense.

 

Mas vamos àquela noite fria de dezembro. No relvado transmontano, o lendário António Borges, técnico azul-grená, fazia alinhar Rui Rêgo, Marco Faustino, Ricardo Rocha, Fernando, Abadito, Bruno Madeira, Vouzela, Bruno Magalhães, Carlos Pinto, Tiago Martins e Inzaghi. Do outro lado, o mirandelense Jesualdo Ferreira apostava na rotação, mas atirava trutas como Fucile, Mariano González, Adriano ou Hélder Postiga para o relvado.

 

O Desportivo começou agerrido e fez o poste abanar na primeira parte, após cabeceamento de Abadito. Chaves e os postes contra o Porto… anos mais tarde foi Edu a ter esse azar cedo na final da Taça contra os portistas.

 

Sobrevivido à primeira parte, os transmontanos só tombaram na segunda. Primeiro foi Hélder Postiga, depois, já na compensação, Adriano deitou por terra o sonho do Desportivo.

 

Ficou a marca deste regresso aos tempos áureos, pelo menos por uma noite, anos antes de se voltar à alta roda do futebol português.

 

O primeiro ‘Eu bem me lembro’ aqui.

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