Casa Pia 3-0 Chaves

Foto: GD Chaves

O Chaves cai com estrondo na 4ª eliminatória da taça, com um resultado pesado e uma exibição pobre, contra o Casa Pia.

Crónica do Casa Pia x Chaves

O jogo começou logo com o Casa Pia a marcar, depois de uma desatenção defensiva, Cassiano isola-se frente a frente com Rodrigo Moura e ainda antes de o marcador assinalar o minuto 2, já o brasieliro festejava o primeiro golo do jogo.

O Chaves tentou responder, mas sem nunca conseguir levar grande perigo à baliza de Ricardo Batista, e o Casa Pia ia mandando no jogo a seu bel prazer, chamando o Chaves perto da sua área e aproveitando a profundidade para levar perigo à baliza de Rodrigo Moura.

E numa dessas jogadas, Nuno Moreira isola-se frente ao guarda redes do Chaves, mas com a mancha do guardião, o extremo assiste Casssiano que com a baliza à sua mercê é carregado nas costas por Junior Pius. Jogava-se o minuto 44, penalty para o Casa Pia e Nuno Moreira chamado a marcar não tremeu e fez o segundo golo da partida.

No minuto seguinte Kusso que entrara aos 35′ a substituir Paulo Vitor (lesionado), tenta fugir a Ruben Kluivert e a bola bate na mão do neerlandês, dentro da área do Casa Pia, segundo penalti no jogo, em apenas 2 minutos.

Sem nenhum dos habituais batedores, o capitão Carraça, que é o homem das bolas paradas, assume a responsbilidade de recolocar o Chaves no jogo ainda antes do intervalo, mas colocou de mais a bola e esta acabou por se perder ao lado do poste direito de Ricardo Batista que adivinhou o lado.

Na segunda parte, o Chaves até entrou com vontade de ter mais bola e de mandar mais no jogo, mas uma vez mais, as dificuldades defensivas vieram ao de cima, e num cruzamento pela esquerda, Aaron Romero antecipa-se a Cassiano, mas a bola sai para as suas costas e isola Livolant que sozinho ao segundo poste só teve de encostar para o 3-0.

Faltavam apenas 30 minutos (e uns pózinhos) para o Chaves tentar reentrar no jogo e procurar um milgare, e Marco Alves tentou mudar o rumo dos aconecimentos chamando a jogo Sanca, Morim e… Tiago Almeida.

A 24 de Novembro, 15 jogos depois e a perder por 3-0, Marco Alves finalmente estreou o lateral internacional sub-21 por Portugal. aos 66′ fez entrar Platiny, e aos 70′ num lance que começa com uma perda de bola de Morim a meio campo, o mesmo Morim vem corrigir o erro e recuperar a bola, e depois borrou a pintura ao soltar um soco no adversário sendo imediatamente expulso com cartão vermelho direto – há que lembrar que o mesmo jogador há uns anos foi expulso numa eliminatória de Taça contra o Valadares, depois de sem que nada o fizesse prever, agarra-se a bola dentro da área, dando penalty para o adversário e deixando a equipa reduzida a 10, terminando o Chaves por ser eliminado.

Onzes Iniciais e Substituições do Casa Pia x Chaves

Casa Pia: Ricardo Batista, Tchamba, Kluivert (J. Goulart 85′), José Fonte, Larrazabal, Miguel Sousa (Rafael Brito 76′), Beni, Benaissa, Livolant (Henrique Pereira 76′), Nuno Moreira (Raul Blanco 45′), Cassiano (Obeng 62′)

Chaves: Rodrigo Moura, Carraça (Tiago Almeida 63′), Bruno Rodrigues, Junior Pius, Aaron Romero, Pedro Pinho (Helder Morim 63′), Roan Wilson, André Ricardo, Rui Gomes (Sanca 63′), Paulo Vitor (Kusso 35′), Paul Ayongo (Platiny 69′)

Notas dos Jogadores

Rodrigo Moura – 3: Sem culpa em nenhum dos jogos, foi vítima da falta de atenção dos seus companheiros.

Carraça – 2: Não foi dos piores, mas esteve longe da qualidade nos últimos jogos, não consideramos o penalty falhado, porque qualquer um pode falhar, mas hoje esteve mais ausente ofensivamente, e a defender teve dificuldades.

Bruno Rodrigues – 2: O menos mau, mas não foi suficiente, falhou um par de marcações, nomeadamente no 3º golo.

Junior Pius – 1: Começa a faltar a paciência para aquele que nós, como a maioria dos adeptos, consideramos o melhor central do plantel. Falhou marcações, cometeu um penalty absurdo, e com a responsabilidade de começar a costrução de jogo da equipa falhou muitos passes na saída, o que permitiu não raras vezes o contra ataque do Casa Pia.

Aaron Romero – 2: Defensivamente tentou ajudar e era muitas vezes ele quem fazia as dobras ao Pius, no entanto foi inexistente no ataque.

Roan Wilson – 2: Jogo muito discreto do médio que ao lado de Pedro Pinho não tem conseguido impor o seu jogo.

Pedro Pinho – 1: Uma vez mais muito longe do que se espera dele.

André Ricardo – 2: Pela primeira vez fez os 90 minutos, no entanto não conseguiu ter bola, é dele o único remate à baliza do Chaves, obrigando Ricardo Batista a uma grande defesa.

Paulo Vitor – 1: Esteve pouco tempo em campo, e o tempo que esteve quase nem apareceu. Vamos aguardar a avaliação da lesão, mas os indicadores não dão muitas esperanças.

Rui Gomes – 1: Um jogo aquém do valor que lhe reconhecemos, é preciso dar muito mais.

Paul Ayongo – 2: Trabalhou como sempre, mas a dificuldade que a equipa teve em fazer chegar a bola na frente, fez também com que o avançado passasse ao lado do jogo.

Kusso – 3: Apesar de não ter conseguido contagiar os companheiros, a entrada do angolano mexeu com a equipa, não se escondeu e tentou várias vezes levar a equipa para a frente com a sua irreverência e velocidade, é ele quem recupera a bola e provoca o penalty mesmo no fim da primeira parte.

Tiago Almeida – 1: Entrou com a equipa a perder 3-0, e com o Casa Pia a reduzir cada vez mais o ritmo, certamente não foi a estreia de sonho, mas já deu para sentir o peso da camisola.

Leandro Sanca – 2: Regressou de lesão, e fê-lo com vontade, tentou tal como Kusso levar a equipa para a frente, mas com 3-0 no marcador e com o Casa Pia a pautar o ritmo, acabou por ser em vão.

Morim – 0: Não é de hoje que destacamos pela negativa este jogador, e mais uma vez somos obrigados a faze-lo. Entrou como em todos os jogos sem qualquer impacto, no jogo, das poucas vezes que tocou na bola, perdeu-a sempre, numa delas causando um contra ataque que levou perigo, nesse lance acabou por ser importante na recuperação de bola, e quando tentava sair para o ataque foi agarrado por Miguel Sousa e já depois de o árbitro ter apitado a falta, teve uma atitude injustificável soltando um soco ao adversário que lhe valeu o cartão vermelho direto. Resume-se a pouco mais que nada a participação de 8 minutos no jogo. É um dossier que já se arrasta há vários anos e que a administração terá de resolver o mais rápido possível, sob pena de nem sequer conseguir reaver o investimento feito naquele que ainda se esperou ser o “novo Eustáquio”.

Marco Alves – 2: No fundo nada temos a apontar ao treinador. Jogou com as armas que tinha, conseguiu uma reação ao intervalo, e mexeu na equipa quando teve de o fazer. Leva uma nota algo baixa por ricochete do jogo fraco dos seus jogadores.

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