Fonte: GD Chaves

Fonte: GD Chaves

 

Antes de mais: o GD Chaves está dividido em dois. Há a administração a SAD, presidida por Francisco José Carvalho, que gere o futebol profissional. É uma “empresa” e é detida em 90% pela família Carvalho. Depois há a direção do clube, de Bruno Carvalho, que pertence aos sócios e gere as camadas e jovens e as modalidades.

 

É do clube que vamos falar. Com eleições à porta, o presidente do clube desde há 12 anos voltou a vitimizar-se, a “questionar” se deve recandidatar-se e a atacar os mauzões sócios e adeptos que ousam criticar o que seja, sempre a desafiar que alguém se candidate contra ele.

 

Deixemo-nos de rodeios. Bruno Carvalho é presidente porque o investidor e patriarca assim quer. Já na primeira vez que disse que ia deixar a presidência, acabou com uma pouco surpreendente recandidatura e nunca há adversário porque já se sabe que a direção tem de estar nas mãos do investidor.

 

Bruno Carvalho coloca em causa continuidade na direção Fonte: GD Chaves

 

Mas em vez de falar dos críticos de teclado, se calhar era bom ver o trabalho feito pela direção no último mandato. E o cenário é preocupante.

 

As camadas jovens parecem regredir. Não há orientação entre as equipas e os resultados estão à vista. Os iniciados desceram, os juvenis mantiveram-se por milagre e os juniores subiram, porque têm um dos treinadores mais competentes da região e até são uma equipa que costuma ser gerida pela SAD e não pelo clube.

 

O ponto mais baixo foi perder um jogo de juvenis na secretaria por usar um jogador suspenso. Nem na Flaviense isto acontece, é inadmissível num clube como o Chaves, que devia ser o maior da região mas está a ser ultrapassado pela direita por emblemas modestos e com muito menos condições. Além do êxodo de jogadores, que continuam a ir à vontade para outras freguesias.

 

O Desportivo de Chaves perdeu modalidades, ao acabar com o futsal feminino numa atitude, no mínimo, precipitada. As jogadoras exilaram-se para o Santo Estevão e estão a ter sucesso, num clube que até se deu ao trabalho de ter formação, vejam lá.

 

A preocupação cresce ao ver-se um Desportivo a regredir e fica o aviso para a SAD: não vai ter o sucesso desejado se o clube continuar assim, porque será sempre uma estrutura coxa, onde a formação funciona mal (salva pelo sangue, suor e lágrimas dos treinadores e alguns dirigentes) e que não vai dar o talento desejado a longo-prazo.

 

Todas as iniciativas para melhorar as camadas jovens partiram da SAD, mas é preciso mais. A desorganização é preocupante.

 

Pars terminar esta longa tese, resta isto. Se queremos ser uma equipa de Primeira Liga, temos de aprender com quem lá está e numa altura em que se fala tanto de projetos desportivos, talvez fosse boa ideia mudar o representante do investidor na direção por alguém conhecedor de gestão desportiva, de forma a sermos um clube verdadeiramente de Primeira.

 

P.S.: Era bonito que alguém mostrasse um relatório e contas aos sócios, em vez de fingir que só indo à secretaria do clube é que se pode consultá-lo. Já não estamos no século XX.

2 thoughts on “Editorial: Em tempo de eleições, presidente do Chaves vitimiza-se (outra vez)

  1. Não sei quem gere esta Pagina, mas quem o faz deve ter cuidado com o que escreve.
    O Santo Estêvão não é nenhum asilo, como tal nenhuma das suas atletas esta asila no Santo Estêvão.
    Para alem disso apenas uma atleta veio do Chaves, as restantes ja estão no clube há 3 anos.
    No que respeita à formação, o Santo Estêvão não se deu ao trabalho mas sim apostou nas meninas da nossa cidade que não tinham onde jogar e muito nos orgulhamos de ser pioneiros anivel Distrital na formação de Futsal Feminino.
    Somos uma Associação humilde, mas trabalhamos com dignidade e muito sacrificio como tal merecemos respeito, não utilizem o nosso nome nas vossas guerrinhas.
    O Presidente
    Luis Ferreira

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