Foto: Liga Portugal

Hoje podíamos ter escolhido muitos títulos para este nosso artigo, e assim de repente entre os que podemos escrever só me vem à cabeça “30 min de futebol, 1 hora de terror”, mas decidimos deixar em suspenso e com reticências, para que cada um de vós tire as próprias conclusões.

 

Sobre o jogo pouco há a dizer. O Chaves com 4 alterações forçadas, entrou forte e controlou o jogo de forma mais ou menos tranquila, chegando uma vez mais à vantagem no marcador. Mas depois vários erros individuais deitaram por terra não só o jogo, como, arrisco a dizer, a manutenção. Mas vamos lá tentar fazer um pequeno resumo para quem (felizmente) não pôde assistir à partida desta noite.

 

Com Guima castigado, e com as lesões de Sandro Cruz, Cafu Phete e Héctor Hernandez, Moreno foi obrigado a mexer na equipa fazendo 4 alterações em relação ao último 11. Com Hugo Souza na baliza, no centro da defesa, manteve Junior Pius e Bruno Rodrigues, fazendo entrar Vasco Fernandes (regresso de castigo) para o lugar de Steven Vitória, nas alas João Correia e Benny o substituto de Sandro Cruz, uma vez que com a saída de Bruno Langa e a falta de reforços para a posição obriga a adaptar um jogador para fechar aquele lado. No meio campo, Essugo pegou de estaca e na ausência de Guima, avançou Kelechi, e na frente Guzzo e Jô repetiram posições, com Sanca a substituir o goleador espanhol (pelo menos no papel, mas já lá vamos).

 

O jogo nem começou mal para os Flavienses, embora a equipa visitante tivesse o domínio da posse de bola, o Chaves conseguia controlar os ataques dos Arouquenses, que durante 30 min não encontravam os 4 homens da frente, o Chaves com uma pressão alta por parte dos seus homens mais avançados conseguia complicar a saída do meio campo do Arouca, e quando conseguiam passar essa linha de pressão, encontravam pela frente um muro formado pela linha defensiva e de meio campo do Chaves que se juntavam e não permitiram que o Arouca encontra-se os seus avançados. A espaços o Chaves saía em transições ofensivas, ora por bolas longas controladas por Jô e distribuídas para as alas onde apareciam os laterais em velocidade, ora em bolas lançadas na profundidade para Sanca e Guzzo.

 

Aos 16 minutos o Chaves chegaria mesmo ao golo, canto na esquerda marcado para a entrada da área e a bola chega a Guzzo que com um remate potente, cruzado ao segundo poste bateu Arruabarrena que ainda se esticou, mas pouco ou nada podia fazer. Festa no Municipal com o Chaves em vantagem e a controlar o jogo.

 

Mas a festa ia durar pouco tempo. Aos 36 minutos, depois de um grande corte de Essugo, Kelechi recebe a bola e tenta fintar meio mundo, correu mal e a bola acaba em canto para o Arouca. Canto batido na direita do ataque, bola ao segundo poste e Hugo Souza, uma vez mais a inventar tenta segurar a bola numa altura em que chovia e tanto a bola como as luvas estavam molhadas, ao invés de socar a bola. Resultado a bola passa pelo meio das mãos do braseiro, e encontra Cristo sozinho ao segundo poste que com a baliza aberta “só” teve de encostar para dentro. Estava feito o empate, e começava aqui uma noite de terror (mais uma) para os adeptos flavienses. Como se não bastasse, 5 minutos depois, Tiago Esgaio alivia uma bola da defesa que vai direitinha para Mujica, este com alguma sorte à mistura consegue passar por Vasco Fernandes (que escorrega no momento da intercepção) e isolado em frente a Hugo Souza, só teve de escolher o lado. 1-2 ainda antes do intervalo e as coisas começavam a complicar-se.

 

Ao intervalo pedia-se que à equipa para se unir, e que viesse para a segunda parte com a mesma concentração e atitude dos primeiros 30 minutos… Não podia estar mais longe da realidade. Apesar de ser a primeira equipa a regressar ao relvado depois do intervalo, a verdade é que o Chaves não apareceu no jogo nos segundos 45 min.

 

Aos 46 min Jason fica isolado dentro da grande área, Hugo Souza ainda tenta sair-lhe aos pés, mas a pouca assertividade do guarda redes e alguma sorte do espanhol no ressalto, e estava feito o 1-3, aos 49′ Mujica replicou o que fez aos 41, lançado em profundidade fica novamente cara a cara com Hugo Souza e só escolheu o lado, e por fim aos 53 min Sylla num remate de volley faz o 1-5. Final do jogo, depois do 5º golo o futebol acabou, o Arouca levantou o pé, fez substituições de gestão e esperou pelo fim do jogo, e o Chaves? Bem o Chaves continuou sem aparecer…

 

Um jogo demasiado mau para ser verdade que deixou a nu as muitas fragilidades que esta equipa tem, um plantel muito mal formado, com jogadores que vão aparecendo de vez em quando e um treinador teimoso que sem armas e sem plano B começa a dar alguns sinais de desgaste e demasiados sinais de nervosismo.

 

 

Vê a classificação dos nossos jogadores na página seguinte.

 

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