Fonte: GD Chaves

 

Matheus Pereira foi uma das estrelas do Desportivo de Chaves em 2017/2018. Emprestado pelo Sporting, o extremo brasileiro fez-se craque de azul-grená e recordou como os flavienses quase se qualificaram para as provas europeias nessa época. “Quase conseguimos fazer o Chaves chegar à Liga Europa, mas aconteceram uns erros de arbitragem (risos)”, disse ao ‘The Players Tribune Brasil’, recordando a derrota polémica por 2-1 frente ao Rio Ave que tirou o Desportivo dessa luta.

 

Mas nem tudo foi fácil em Trás-os-Montes. Chegou com rótulo de craque, mas demorou a mostrar qualidade, sendo vaiado pelos adeptos nos primeiros meses:
“Chaves é uma cidade completamente longe, a umas cinco ou seis horas de carro de Lisboa. Comecei a morar sozinho, foi a minha primeira experiência longe da minha família. Vivia sozinho numa cidade pequena. Os primeiros meses foram muito difíceis, não consegui render tanto”, lamentou o jogador.

 

Para dar a volta ao momento, o treinador Luís Castro foi essencial para o extremo brasileiro. “Bati à porta dele e disse-lhe “mister, está a acontecer isto, não estou a conseguir, estou a ficar um pouco rebelde novamente”. E lembro-me de uma coisa que ele me disse, levo isso comigo até hoje. Disse “miúdo, às vezes, na vida, quando não nos conseguimos guiar, temos de deixar que alguém nos guie”. Saí dali a pensar “este homem é maluco”. Como é que estou num sítio bem longe, sozinho, e vou deixar alguém me guiar?”, apontou.

 

Para o técnico só guarda elogios. O caso não é para menos, com Matheus Pereira a terminar a época com oito golos e cinco assistências em 30 jogos pelos flavienses. “É um ‘paizão’ para mim, converso com ele muitas vezes e marcou muito a minha vida”, concluiu o jogador.

 

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