Foto: Canal Alto Tâmega
Na primeira entrevista enquanto candidato da lista B à presidência do GD Chaves, Octávio Borges afirmou ao Canal Alto Tâmega que quer “devolver a mística” ao clube através de uma aposta contínua na formação. Teme que haja um ‘buraco’ financeiro nos flavienses e lamenta que se tenha descurado o clube a favor da SAD.
Passados 14 anos, volta a haver uma lista candidata à liderança do GD Chaves além da família Carvalho. Octávio Borges, empresário flaviense de 51 anos, é o rosto do ‘Juntos Pelo Desportivo’, um movimento que quer quebrar o marasmo no clube, a começar pelas camadas jovens.
“A formação está uma lástima. Juvenis, iniciados e infantis estão nas distritais, os jovens querem sair do Chaves para outras escolas. Temos de mudar isto”, afirmou o candidato, acrescentando que “qualquer miúdo sonhava jogar no Chaves. Neste momento já ninguém quer, os pais estão descontentes”. Quanto aos juniores, lamentou que “só dois ou três jogadores” sejam da terra.
“Os clubes têm de ser sustentados pela formação e a formação é um sustento para os clubes” e, para isso, quer ter um diretor das camadas jovens a tempo inteiro.
O objetivo passaria por valorizar os jogadores transmontanos, algo que teria de ser feito em sintonia com a SAD: “Eles apoiavam-nos na formação para nós fazermos miúdos que chegassem à equipa principal. Era bom para eles, era bom para nós.” Com essa aposta o clube poderia ter fundos preciosos: “Vendendo um jogador já dá para fazer mais um campo.”
Pela frente esta lista terá Francisco Carvalho, que saldou as dívidas do clube em 2011 e de quem admitiu ser “amigos deles”. Mas justifica esse duelo com um clube ao abandono. “Desleixaram-se com o clube e a SAD foi sempre número 1. É o clube que representa a cidade. Foi o grande erro deles.”
Virado para a aposta nas modalidades, formação e ainda no futebol feminino, há um receio que pode pôr um travão em algumas das aspirações. “Vamos entrar às escuras. Estamos com receio sobre como estará financeiramente o clube. Há um passivo grande, não entendo. Mas temos pessoas para tratar das contas”.
Mostrando-se com a “certeza que vamos ganhar”, Octávio Borges lamentou que tenha havido um afastamento dos flavienses: “Os adeptos afastaram-se do Desportivo de Chaves. Tenho pessoas amigas que me dizem “se vocês ganharem, vou fazer-me outra vez de sócio:” É a tal má gestão do clube”, sublinhou o candidato.
Confirmando que a SAD está vendida, garantia dada num encontro em Lisboa com o presidente da sociedade para lhe dizer que se ia candidatar, Borges tem esperança nos sócios: “Penso que o povo flaviense está connosco, porque quer uma mudança.”
As eleições estão marcadas para dia 13 de junho.
Veja a entrevista completa aqui:
