A estreia do GD Chaves no regresso à Primeira Liga está aí à porta e é altura de voltar atrás no tempo até ao primeiro triunfo dos Valentes Transmontanos no principal escalão do futebol português.
Calor e vento empurram o Chaves à vitória
31 de agosto de 1985, tarde de verão no Municipal de Chaves. É a primeira vez que o futebol de Primeira toca no relvado flaviense. O dia é de calor, mas também de vento, que vem empurrar o conjunto azul-grená à vitória.
Do outro lado está o Belenenses do inglês Jimmy Melia, onde joga o avançado Djão, que anos antes representou o Chaves. Numa primeira parte de luxo, os flavienses mostraram o porquê de serem uma das equipas-sensação da temporada.
Com a segurança de Fonseca, o talento de Jorge Plácido e a habilidade ofensiva de Jorge Silva, o Desportivo de Chaves chegou à vantagem aos 17 minutos, com golo do avançado ex-Benfica. Na segunda parte, foi o mítico flaviense António Borges a garantir a vitória para os comandados de Raul Águas.
Onze inicial: Fonseca, Raúl, Carlos Carvalhal, Amândio, Vivas (Diamantino), Ferreira da Costa, Paulo Rocha, Jorge Silva, António Borges, Jorge Plácido, César (Júlio Sérgio).
Estádio bem composto para ver o Chaves
Nas bancadas, a estreia foi de pompa e circunstância. 12 mil flavienses vibraram com o primeiro jogo em Trás-os-Montes da I Divisão. A cidade ficou quase deserta por causa do jogo do Desportivo.
Os adeptos vieram de além fronteiras, como é o caso de um grupo de emigrantes no Estados Unidos que viajaram para Portugal para ver o conjunto azul-grená, numa tarde de sonho para as gentes transmontanas.
A época foi de glória, com o sexto lugar no campeonato depois de 11 vitórias conquistadas. O começo de uma das páginas mais douradas da história flaviense.