Álvaro Magalhães foi internacional português, brilhou no Benfica e passou a treinador quando pendurou as botas. Foi campeão português como adjunto de Giovanni Trappatoni em 2005, mas foi como técnico principal que chegou ao Desportivo de Chaves a meio da época 1997/1998. Veio de direta dos Açores, onde treinava o Santa Clara, para substituir Manuel Correia no comando dos flavienses, com a lenda transmontana a passar para adjunto.
“Saí porque recebo um convite do GD Chaves. No dia seguinte estava a apanhar o avião para Lisboa. Cheguei às quatro da manhã e às sete estava a ir para Chaves. Cheguei a Chaves não tinha dormido nada”, disse em entrevista à Tribuna Expresso.
No Municipal, encontrou uma equipa quebrada: “Quando cheguei o Chaves tinha oito pontos, faltava uma jornada para acabar a primeira volta. Estava em último lugar e consegui salvar o Chaves”, conta.
A segunda volta foi de grande nível, com oito vitórias e três empates em 18 jogos à frente da equipa azul-grená. Os lugares de manutenção ficaram a um ponto de distância. Felizmente, o Leça acabou por descer na secretaria e o Chaves continuou na Primeira. Entre os grandes jogos desse Desportivo, destaque para a vitória por 3-2 com o Sporting em Trás-os-Montes.
Apesar do grande rendimento, a entrada de Mário Carneiro para presidente, onde substituiu Castanheira Gonçalves, trocou as voltas a Álvaro Magalhães. “Uma cidade fantástica. Acabamos por manter a equipa na Primeira Liga. Mas faltavam três jogos para acabar a época, há uma direção nova que pensou noutro treinador”, lamenta.
Curiosidade: anos mais tarde, num Belenenses-Chaves, vimos Álvaro Magalhães nas bancadas do Restelo. “Levem-me de volta”, disse aos adeptos flavienses que o cumprimentaram.