Fonte: José Ponteira
Costuma-se dizer que o mal nunca vem só e o mau momento do GD Chaves é o pináculo dessa expressão. Depois de uma embaraçosa derrota por 2-1 com o Feirense, o sétimo jogo seguido sem ganhar, a contestação foi muita, com especial destaque para as críticas aos jogadores. Mas pior ficou fora das bancadas, com Jefferson a entrar em vias de facto com um adepto à porta dos balneários. Um deprimente espetáculo de pancada que só foi acalmado pelo guarda-redes Ricardo Nunes, que acabou aclamado pelos adeptos.
Isto não passa de uma reedição de espetáculos de vergonha alheia a que assistimos na época passada, só que com outro protagonista. Por pelo menos duas ocasiões, o mal-amado Marcão entrou em discussões com adeptos, numa comprovação que algo estava muito mal no Desportivo na altura. Porém, apesar de ir de peito cheio contra os adeptos no estádio Nacional, após derrota com o Belenenses SAD, e em casa após perder frente ao Aves, nunca chegou a vias de facto, algo que talvez tenha sido evitado pela venda do defesa em janeiro.
Agora, os maus resultados e as más exibições voltam a ter repercussões fora do relvado. Os adeptos cada vez estão mais desligados da equipa e os jogadores andam no mundinho deles, sem qualquer respeito ou vontade de representar o maior clube de Trás-os-Montes. Este é apenas mais um episódio que mostra como o plantel não tem líder e aquele balneário é um antro de gente que se acha maior que a camisola azul-grená.
Nada de bom vai sair daqui. É essencial limpar a equipa como deve ser, deixar de apostar em contentores de emprestados, ir buscar jogadores que deixem tudo em campo e voltem a representar, com rigor e respeito, o Grupo Desportivo de Chaves. Os adeptos conseguem suportar estar na Segunda Liga, agora não lhes peçam para aturar jogadores demasiado bem pagos que fazem fretes em campo. Não gozem com os adeptos.
