
Foto: GD Chaves
Pela primeira vez este século, o GD Chaves vai a eleições com dois candidatos à presidência do maior clube de Trás-os-Montes. E como é bom ver a festa da democracia de volta ao Desportivo.
Para começar, um cumprimento aos nomes que vão a votos: Francisco Carvalho, que finalmente procura assumir o cargo máximo de liderança do clube e que entrou de cabeça nesta campanha. E para Octávio Borges, que mostrou coragem: não é toda a gente que dispensa o tempo e recursos para tentar ser escolhido para presidir um clube, ainda para mais com uma concorrência feroz. Como é bonita a democracia.
As candidaturas estão lançadas, as redes sociais começam a mexer-se com propostas e visões para a futura direção do GD Chaves e o duelo promete ser vivo. Algo que tem sido uma raridade no Municipal.
Ao longo dos anos, habituámo-nos aos presidentes-rei. De Castanheira Gonçalves, que esteve mais de uma década na presidência, a Bruno Carvalho, à boleia do patriarca que pegou no clube e quis formar depois a SAD. Estes presidentes quase eternos alternaram com momentos de forte instabilidade, que foram uma constante na vida do Desportivo.
Entre dois desses presidente-rei, o Desportivo viveu a sua fase mais delicada, em que os interessados fugiram da cadeira da liderança do clube. Depois da saída de Castanheira Gonçalves, no início dos anos 2000, o Chaves só se manteve à tona com uma comissão administrativa, liderada por Marcelo Delgado durante quatro difíceis anos.
Agora, a presidência do Grupo Desportivo de Chaves volta a ser apetecível. E ainda bem! Que seja assim de dois anos em dois anos daqui para a frente, sempre com duelos eleitorais. Que a democracia seja sempre superior a quem quer uma autocracia que beneficie apenas os seus interesses. Já houve mamões suficientes por cá.
Que estas candidaturas dêem o mote da convivência, do respeito e da luta por uma causa que, no final de contas, será comum.
Dia 13 que ganhe o melhor. Que ganhe o Grupo Desportivo de Chaves.
A democracia sempre fez parte do Grupo Desportivo de Chaves, não é por não haver mais do que um candidato que cessa a democracia.
Como flaviense que sou e de que me orgulho, só tenho a dar os parabéns por este momento histórico.
Votos de um confronto saudável e correto é o que todos desejamos.
Que ganhe quem mais merecer esse estatuto.
Se assim for o Futuro será mais risonho.
Viva o os Valentes Transmontanos.
Viva a DEMOCRACIA!