Foto: Foto Lopes - Chaves
Depois de 14 anos sem mencionar o nome do ‘Voldemort’ do Desportivo, eis que o Chaves deu os parabéns a Castanheira Gonçalves. “Um visionário”, lê-se na publicação feita nas redes sociais. É uma forma de ver as coisas.
Para quem não se lembra, Castanheira Gonçalves foi presidente do GD Chaves durante quase uma década, tendo ocupado a cadeira do poder duas vezes. Altura que coincidiu com o declínio do clube.
Sabem quando se fala dos tempos da insolvência, do Chaves que não pagava a ninguém e que tinha dívidas com toda a gente? Esse cenário dantesco nas contas flavienses veio com Castanheira Gonçalves, cuja gestão levou à travessia do deserto que se abateu sobre o Municipal.
Pelo meio, os quatro anos de presidência de Marcelo Delgado ainda deram para limpar a casa e resolver algumas dívidas a ex-jogadores do Desportivo, vindas das gestões de Castanheira Gonçalves, Mário Carneiro e Baltasar Ferreira.
Mais grave foi o que se passou em 2010. Com o Desportivo na Segunda Liga e a fazer uma boa caminhada na Taça de Portugal, Castanheira Gonçalves atirou o clube para o charco. Tornou-se no maior credor do Chaves, exigindo um milhão de euros pelos tempos que lá passou. Foi essa dívida que quase fez com que se fechasse as portas.
Foi esta dívida que atirou o clube para a quase falência, sendo uma dificuldade para o então desamparado Mário Carneiro, presidente da direção.
Anos depois, o carrasco passou a ser transformado num líder nato, com uma “entrega e exemplo que continuam a inspirar todos os que amam esta instituição”.
Na Comunidade Azul-Grená temos memória.
Totalmente de acordo convosco, embora creia que o Luiz Mário Carneiro também não saia incólume desta trapalhada.