O GD Chaves voltou a perder para o campeonato e continua a marcar passo na tabela classificativa. Depois da derrota com o Benfica B, os adeptos apontaram o dedo ao treinador, mas o mal do Desportivo tem de ser mais profundo que isso: já lá vão seis treinadores desde que Luís Castro deixou Trás-os-Montes, naquela que foi a temporada em que os Valentes Transmontanos alcançaram o pináculo da era Carvalho quer em resultados, quer em estrutura.
Desde a saída do técnico vilarealense, os resultados são deploráveis, passaram pelo comando da equipa treinadores experientes, novatos e ex-capitães do GD Chaves, mas nenhum conseguiu qualquer sucesso. O que se vê é uma equipa remendada, resultados inconstantes e uma permanente falta de objetivo e qualquer sentido de gestão desportiva. É atirar jogadores para o plantel e fazer figas a ver se resultam.
Já lá vão 10 anos de gestão da família Carvalho e nunca o GD Chaves pareceu tão no fundo de um projeto sem rumo, sem ideias e, acima de tudo, sem qualquer ligação aos sócios e adeptos. Quando é que foi a última vez que a SAD explicou alguma coisa à massa associativa? Quando foi a última vez que explicaram os objetivos para a temporada? Quando foi a última vez que prestaram contas a quem apoia o Desportivo? A resposta a estas perguntas é simples: nunca.
Para este ano, chegou-se ao patamar em que mal se percebe o que se tentou oferecer ao treinador, muito menos alguém tentou explicar o que quer que seja. Em vez dos nomes experientes, foram contratados jogadores de divisões inferiores, mas ninguém explicou se (ou quanto) o orçamento desceu. O plantel tem buracos evidentes (falta um guarda-redes, um defesa e um ponta-de-lança de qualidade), mas ninguém explicou o que falhou no mercado. Por fim, continuamos sem saber o que faz o diretor desportivo e se o treinador tem alguma opinião sequer nas contratações.
Não se sabe nada do Desportivo, mas a única pessoa que aparece a dar a cara é, mais uma vez, o treinador, que tem de explicar aos adeptos o que falha quando as coisas correm mal.
Já quanto a quem manda na SAD, não se dá cavaco a ninguém.
Plenamente de acordo com o conteúdo do artigo.
Contudo, e apesar de não ser sócio do GDChaves nem amigo ou conhecido da família Carvalho, tenho presente que foi esta família que resgatou da insolvência e pagou as dividas a credores que o clube tinha à altura.
Foi esta família que colocou lá o seu dinheiro e tenho consciência, que é pelo trabalho (bom ou menos bom), desta família que o GDChaves ainda existe.
Agora pensem um pouco, nas vozes criticas em que só apontam os erros e falam do que está mal, mas essas vozes se calhar nunca lá colocaram nos cofres do Desportivo de Chaves um único tostão.
Falar mal é fácil, construir e trabalhar é mais difícil.
Escrevo o comentário e reafirmo que não conheço a família Carvalho a não ser de vista.