Flavienses saíram de Lisboa com mais uma derrota, com um futebol pálido, atitude aquém e algum azar à mistura.
Parece impossível o Desportivo de Chaves conseguir ganhar para o campeonato. Depois da derrota caseira contra o Vitória de Guimarães, o conjunto azul-grená seguiu para sul para jogar em pleno estádio do Jamor, onde venceu nem há um mês atrás, mas saiu derrotado novamente perante um Belenenses SAD frouxo e pouco criativo, mas a quem os serviços mínimos foram mais que suficientes para bater os flavienses sem chama.
O jogo, diga-se, começou com atitude e cabeça levantada do lanterna-vermelha da Primeira Liga, com o Chaves a deixar os locais a tremer logo aos sete minutos, com Avto a aparecer na cara de Muriel, mas a permitir a defesa ao guarda-redes. Os azuis responderam, com uma bola aos trambolhões que obrigou Ricardo a uma boa defesa, seguindo-se um remate perigo dos flavienses aos 20 minutos, com Luís Martins a atirar para defesa complicada e na recarga a bola a sair ligeiramente por cima.
O Desportivo ameaçava e quase que inaugurou o marcador aos 22 minutos, com Ghazaryan a atirar a bola à barra e deixando os locais a suspirar de alívio. Porém, já com o intervalo a aproximar-se, o Belenenses SAD conseguiu espaço na área e uma bola perdida foi aproveitada por Licá para abrir o marcador, obrigando os homens de Daniel Ramos recolherem aos balneários em desvantagem.
Na segunda parte, o Chaves desapareceu. O futebol flaviense passou a ser um rudimentar passe para trás e a falta de movimentações dos jogadores levou a que o Desportivo, sem qualquer pressão dos locais, trocasse bola apenas no seu meio-campo. Bolas para o ataque só pelo ar, neutralizadas facilmente pelos altos defensores dos azuis, além da criatividade completamente inexistente entre os flavienses, com Ricardo a ser o único jogador a conseguir distribuir a bola em condições.
Já à beira dos últimos 10 minutos, lá voltaram a aparecer as oportunidades para o Chaves, com Ghazaryan de longe a obrigar Muriel a uma boa defesa. Ricardo ainda teve de se esforçar para defender um remate de Eduardo que, com espaço para tudo na área flaviense, acabou com o caminho para a baliza bloqueado pelo guardião dos transmontanos. Já na compensação, azar para o conjunto azul-grená, com André Luís a conseguir ter a bola dentro da área e a atirar com estrondo ao poste, não quebrando a desvantagem e confirmando a derrota do Chaves, a sexta consecutiva.
No final do jogo, a contestação dos adeptos à exibição paupérrima da equipa foi respondida por Marcão que trocou “bocas” com a massa associativa. Na cabeça do brasileiro não havia motivos para criticar a atitude da equipa, não percebendo claramente que estar no último lugar não é propriamente divertido para os adeptos.