Carlos Pinto foi a última vítima da eterna “placa giratória” que é o GD Chaves. O técnico de 46 anos deixou o Municipal na segunda-feira, com o Desportivo no 5.º lugar da Segunda Liga e a alguma distância dos lugares de subida.
O GD Chaves prepara-se, assim, para ter o 18.º treinador diferente em quase dez anos de gestão de Francisco Carvalho. Ao todo foram 20 vezes que os Valentes Transmontanos mudaram de timoneiro desde a entrada desta administração, mas houve repetentes.
Carlos Pinto e João Eusébio foram os técnicos que passaram por duas vezes pelo Municipal. O agora ex-treinador dos flavienses substituiu Luís Norton de Matos em dezembro de 2014. Depois de três grandes épocas de azul-grená enquanto jogador, foi infeliz enquanto treinador, ao falhar a subida no último minuto da temporada, após André Carvalhas marcar para o CD Tondela e atirar o Desportivo para fora dos lugares de subida.
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Já João Eusébio foi o primeiro treinador contratado por Francisco Carvalho, em 2011/2012. Ainda com o clube na II Divisão B, aguentou apenas cinco jornadas, com três empates e uma derrota para os transmontanos. No regresso à Segunda Liga, em 2013/2014, a aposta voltou a cair no técnico de 58 anos, com João Eusébio a aguentar o dobro dos jogos. Após 10 jornadas, foi despedido do cargo com um empate e cinco derrotas registadas, uma delas por 7-0 frente ao Moreirense FC, que ainda é a pior goleada sofrida pelo GD Chaves.
Dos 17 treinadores que passaram por Trás-os-Montes na última década, só três cumpriram uma temporada completa ou foram vendidos a outros clubes: Vítor Oliveira, Luís Castro e Jorge Simão.
A constante troca de técnicos já vem de trás. É preciso recuar até 1992 para ver o último treinador a cumprir duas épocas no conjunto azul-grená: José Romão que, por acaso, até fez três temporadas por terras flavienses. Há quase 30 anos que o Desportivo de Chaves não aguenta um treinador duas épocas seguidas, numa amostra clara da instabilidade constante no futebol flaviense.
Agora vem aí o treinador n.º 18 sob a égide da família Carvalho, que nem com um investimento forte conseguiu trazer estabilidade ao plantel do GD Chaves.
Todos os treinadores da era Francisco Carvalho:
1.º – João Eusébio (duas vezes)
2.º – Filipe Casanova
3.º – Jorge Regadas
4.º – Hélder Fontes
5.º – Pedro Monteiro
6.º – João Pinto
7.º – Quim Machado
8.º – Luís Norton de Matos
9.º – Carlos Pinto (duas vezes)
10.º – Vítor Oliveira
11.º – Jorge Simão
12.º – Ricardo Soares
13.º – Luís Castro
14.º – Daniel Ramos
15.º – Tiago Fernandes
16.º – José Mota
17.º – César Peixoto
Para mim e o que os socios querem e um treinador que seja competente e saiba lidar com a pressão da subida porque os socios merecem e a direção também.