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Lino e João Alves recordam histórias do GD Chaves no Bar Sport TV

 

O programa televisivo “Bar Sport TV” passou o Marão para falar com duas lendas do GD Chaves. Lino e João Alves contaram várias histórias dos tempos de jogador nos Valentes Transmontanos, onde partilharam balneário.

 

Lino e a “bezana” de Makukula

 

Lino abriu as hostes e logo com uma história sobre Makukula, ex-jogador do Desportivo: “O “velho” Makukula veio de Setúbal para Chaves. Chegou a meio da época e veio com um camionista, que trazia os móveis. Estavam o presidente Castanheira Gonçalves e quatro diretores à espera, ele sai do camião e trazia uma bezana… Os diretores com a mão na cabeça, sentaram o Makukula, começaram a descarregar o camião e o Makukula: “presidente, cuidado com o televisor. Custou muito dinheiro”, contou o animado ícone do GD Chaves.

 

Lino e João Alves recordam histórias do GD Chaves no Bar Sport TV
Lino com o enfermeiro Gualter e Tony, nos tempos no GD Chaves Fonte: Facebook Tony

 

Mas há mais histórias com o ex-internacional do Zaire: “Ainda o Makukula e o mister Henrique Calisto. Ele tinha um treino em que dávamos uma cambalhota e corríamos. O Makukula dá a cambalhota, torce-se todo, vai a correr para trás e vai contra a parede. Uns jogadores riam-se, outros chamavam o massagista.”

 

https://www.youtube.com/watch?v=4uuO5tvDI40

 

Mas houve espaço para recordar outras figuras dos bastidores do GD Chaves: “Havia uma figura mítica, que era o massagista Almeida. Ele foi lutador de boxe, pesava cento e tal quilos, tinha quase dois metros… levantava um gajo só com uma mão. Às segundas haviam os banhos de imersão e a água estava sempre a ferver. Ele apanhava um gajo, atirava-o lá para dentro e queimava-se todo. Outra história: o banco de trás era só dele, metia os pés para o corredor e metia-se uma tábua em cima para jogar às cartas. Quando o jogo não lhe corria bem, levantava a mesa e as cartas voavam.”

 

O dia em que João Alves foi expulso com o… pai

 

Já João Alves recordou um momento caricato vivido no Municipal: “Num jogo contra o Leça ou o U. Lamas, arbitrado pelo Martins dos Santos, levei um amarelo aos 10 minutos e à beira do intervalo, por uma falta inexistente, deu-me o segundo amarelo e fui para a rua. O meu pai era bombeiro e fazia a maior parte dos jogos aqui em Chaves. Ficou em braza com a expulsão, insulta o fiscal de linha e também foi expulso. Acho que é a primeira vez que pai e filho foram expulsos no mesmo jogo.”

 

João Alves fez parte da equipa que desceu da Primeira Liga em 1998/1999, mas guarda algumas histórias curiosas desses tempos: “O Rodriguez Vaz estava a treinar o Chaves. Num jogo, ele meteu o Joel no banco, começámos a perder e o mister disse ao Joel para “aquecer bem”, mas acabou por não entrar e perdemos. No dia a seguir, o mister deu na cabeça aos jogadores, o Joel levanta a mão e diz: “tu vens com esses treinos espanhóis, mas trocar a pelota nada? Nem metes o melhor jogador, que sou eu.”

 

https://www.youtube.com/watch?v=L41nXX4yWks

 

O extremo Joel surge ainda noutra história caricata dessa temporada: “Aqui em Chaves haviam as tertúlias na rádio, de comentário aos jogos, feitos pelo Abreu, que foi diretor do clube. Na altura, a equipa não estava bem e ele cascou no Joel: “Vem este Joel do Boavista e anda aqui de carro novo, braço de fora, vai para os bares meter-se com as meninas e não mostra nada”. Depois o Joel liga para lá e diz: “você conhece-me de slgum lado? Só está a prejudicar o clube. E mais, se conhece o treinador, diga-lhe que o Chaves está assim porque não mete o melhor jogador, que sou eu”.




A antiga estrela flaviense recorda ainda um episódio relacionado com salários em atraso no Desportivo de Chaves: “Na altura estávamos com vários meses de salários em atraso. Havia uns problemas com o presidente e falámos com o Paulo Alexandre, que era o capitão: “ó Paulo, como é? Nós queremos receber, estamos à rasca”. O Paulo Alexandre pega no telefone e liga ao presidente, explicou a situação e o presidente diz: “Ó Paulo, descansa aí a malta, mas agora estou em França… bip, bip, bip. Estou a passar um túnel, a chamada é capaz de ir abaixo.” E nunca mais se falou com o presidente…

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