Vencido o duelo diante do Portimonense, o Chaves procura agora a primeira vitória fora de casa, no sempre complicado relvado do Estádio dos Barreiros.
No regresso de Daniel Ramos e dos jogadores Luís Martins e Ghazaryan ao arquipélago da Madeira, os Valentes Transmontanos procuram a segunda vitória consecutiva contra um candidato crónico aos lugares europeus e num campo sempre complicado e que o atual treinador flaviense transformou numa fortaleza nas últimas duas temporadas.
Aproveitar a embalagem da primeira vitória
O triunfo bem conseguido diante do Portimonense trouxe novo alento aos jogadores e adeptos do Desportivo de Chaves, que conseguem olhar com bons olhos para o processo de jogo flaviense e acreditar que esta equipa tem o que é preciso para fazer pontos e realizar uma época tranquila, mas jogar fora de casa ainda é um obstáculo por ultrapassar já que da última vez deu em goleada frente ao FC Porto.
Agora com oito adversário, teoricamente mais acessível, Daniel Ramos procura rir por último contra o seu ex-clube, depois de ter sido quase empurrado para fora dos Barreiros pelo presidente madeirense Carlos Pereira mas deverá deixar no banco os dois jogadores que seguiram com o técnico para Trás-os-Montes: Djavan esteve em grande diante do Portimonense e estará à frente de Luís Martins nas opções, enquanto Ghazaryan desapontou diante do Porto e terá o seu lugar perdido para Perdigão, que parece rejuvenescido.
Com nenhuma alteração esperada para o onze inicial, a única mudança poderá ocorrer no banco, com João Teixeira novamente disponível para alinhar pelos Valentes Transmontanos após expulsão na primeira jornada.
O que esperar do Marítimo
Do lado insular o começo de campeonato foi agridoce, com uma vitória pela Argentina mínima contra os recém-subidos Santa Clara com um golo de penálti a fechar o encontro e uma derrota desapontante em Vila do Conde por 3-1. Com as exibições aquém, o novo treinador Cláudio Braga tentará mostrar o que vale diante do Chaves, já que é um desconhecido para o comum adepto e a sua escolha levantou muitas sobrancelhas no seio dos maritimistas.
O plantel para esta temporada também não tem agradado aos insulares, que têm visto a equipa reduzir a qualidade a olhos vistos e se há duas épocas havia Raúl Silva, Fransérgio, Patrick Vieira e Dyego Souza a despontar nos Barreiros, então hoje só o lateral Bebeto, o extremo Correa e o avançado Joel Tagueau, revelação do ano passado, parecem destacar-se de um plantel bastante aquém tendo em conta o orçamento e os objetivos dos verde-rubros. De resto, o regresso do veterano Danny ao futebol português e o regresso de Rúben Ferreira à Madeira em janeiro trazem mais alguma qualidade à equipa, mas continua a ter um défice de qualidade em relação a outros candidatos à Europa.
Assim o onze dos madeirenses deve alinhar num 4-3-3 a rondar um 4-4-2 com Amir na baliza, Bebeto, Rúben Ferreira, Zainadine e Lucas na defesa; Fabrício e Correa no meio; Danny e Edgar Costa ou Ricardo Valente nas alas e Rodrigo Pinho e Joel na frente, com a possibilidade de Pinho passar para a ala.
Prognóstico
Apesar das fragilidades que o plantel maritimista apresenta esta época, não será certamente tarefa fácil para os Valentes Transmontanos bater os verde-rubros no caldeirão dos Barreiros. Historicamente, o Marítimo sempre causou dificuldades ao Chaves na Madeira, com seis vitórias, quatro empates e sete derrotas, sendo que quatro triunfos foram antes dos anos 90. No ano passado, os pupilos de Luís Castro levaram a melhor sobre Daniel Ramos, com uma vitória por 2-1 para os flavienses.
Para este jogo, o Chaves tem de demonstrar que sabe vencer fora de casa e que sabe ter boas prestações como visitante. No palco difícil dos Barreiros, apontamos para um empate entre flavienses e madeirenses, com um golo para cada lado. E vocês? Que prognóstico fazem do Marítimo-Chaves?