A estreia no Municipal de Chaves correu da melhor maneira ao Desportivo, que acabou com o jogo ainda na primeira parte frente a uns algarvios bastante aquém do esperado.

 

O estádio Municipal Eng.° Manuel Branco Teixeira encheu com 5240 Valentes Transmontanos para assistir ao primeiro jogo em casa do Chaves 2018/19. Mesmo após uma goleada desastrosa no Dragão, os adeptos encheram as bancadas e a equipa respondeu com bom futebol, controlo e criatividade, sossegando os associados mais pessimistas.

 

Futebol rápido e controlado no regresso do Perdigão de antigamente

 

Ainda antes da partida começar, duas grandes surpresas no onze flaviense. Filipe Melo, que foi bastante fraco no jogo contra o FC Porto, ficou no banco para Stephen Eustáquio voltar ao seu lugar de origem: o meio-campo defensivo. Já na frente, outra surpresa com a titularidade de Perdigão, depois de uma temporada bastante aquém do extremo brasileiro. De resto, Ricardo, Paulinho, Maras, Marcão, Djavan, Bruno Gallo, Bressan, Avto e William completavam o onze.

 

Os primeiros minutos da partida não foram os mais espetaculares para os milhares nas bancadas, com as duas equipas a terem dificuldades em servir os homens-golo (algo que o Portimonense nem tem após a saída de Pires), apesar da bola circular perto das duas grande áreas.

 

Mas foi de penálti que o braço foi dado a torcer, literalmente. Ewerton levantou o braço esquerdo e o árbitro assinalou, bem, grande penalidade, mesmo depois de ficar quase três minutos à conversa com o VAR de maneira incompreensível. Apesar dos nervos, o central Marcão foi chamado a bater e, com toda a calma do mundo, atirou para o lado contrário a Ricardo e estabeleceu a vantagem aos 27 minutos.

 

Aos 31’, o momento de magia do jogo. Jogada pela esquerda, a bola sobra para Perdigão que, no meio e fora da área, atira colocado e sem hipóteses para o guarda-redes algarvio, deixando os adeptos descansados e em festa no estádio.

 

No segundo tempo, o Chaves permitiu ao Portimonense manter a posse de bola, mas controlou o jogo como bem quis, com todas as investidas sulistas a acabar ou na bancada ou para defesa simples de Ricardo Nunes. Já as investidas do Chaves terminaram todas da mesma maneira, notando-se alguma demora no contra-ataque. De resto, as entradas de Filipe Melo, Platiny e Niltinho para os lugares de Gallo, William e Perdigão, respetivamente, serviram para segurar a vitória e sem sofrer golos.

 

Homem do Jogo

 

Antes de avançarmos o MVP do jogo, dar uma palavra a Marcão, com o central brasileiro a ter um jogo exímio e a manter a estabilidade defensiva do Desportivo, várias vezes com mais rigor que o nosso Maras. Porém, temos aqui substituto de Domingos Duarte e com apenas 22 anos, temos central para o futuro.

 

Mas o melhor do encontro tem mesmo de ser o renovado Perdigão. Depois de poucas oportunidades e várias exibições aquém ao serviço de Luís Castro, o extremo brasileiro assumiu a titularidade e mostrou que o Perdigão da II Liga e da primeira época na Primeira, com um golo fantástico a rematar uma exibição de grande nível.

 

Afinal já tínhamos o extremo que tanto faltava no plantel.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

P