polémicas entre GD Chaves e a FPF

 

As polémicas entre GD Chaves e a FPF já têm anos, com vários episódios duvidosos a aumentarem a tensão entre flavienses e o organismo que gere o futebol naciona.

Recuamos no tempo (às vezes apenas alguns anos) para encontrar seis exemplos de ‘dramas’ entre as duas instituições, que vão desde castigos questionáveis, dualidade de critérios, até momentos simplesmente insólitos.

 

Peripécias e polémicas entre GD Chaves e a FPF

 

Caso Rui Sampaio

Peripécias e polémicas entre GD Chaves e a FPF

 

Começamos com um dos casos mais mirabolantes do futebol português que, infelizmente, passou ao lado do radar do comum adepto. Em 2007, Sport Clube Vila Pouca (então sem atividade) e Vila Real exigiam que o Chaves os indemnizasse em 68 mil e 22 mil euros, respetivamente, por direitos de formação de Rui Sampaio, que então tinha assinado pelo Beira-Mar a custo zero e em litígio com o Desportivo.

 

Chamada a pronunciar-se sobre esta situação, a Federação não só deu razão aos dois clubes como disse que, dado que o Vila Pouca estava sem atividade e sem órgãos sociais, os 68 mil euros exigidos teriam de ser pagos à… Federação Portuguesa de Futebol.

 

Marcelo Delgado, na altura presidente do Grupo Desportivo de Chaves, dizia que o clube estava a pagar “direitos de deformação do futebol português” e cortou relações com os dois clubes transmontanos, enquanto acusou a FPF de se “servir dos clubes” numa altura em que muitos deles estavam “ligados ao ventilador”.

As camisolas da final da Taça

Peripécias e polémicas entre GD Chaves e a FPF

 

Uma questão de menor importância mas que mostra novamente a falta de bom senso. Em 2009/10 o GD Chaves conseguiu a proeza de chegar à final da Taça de Portugal, onde iria defrontar o FC Porto, num ano em que apareceram inúmeros problemas financeiros que quase deitaram o maior clube de Trás-os-Montes para a falência.

 

Nos preparativos para o jogo decisivo da prova-rainha do futebol português, o Chaves viu-se na obrigação, enquanto equipa “visitada”, de utilizar um equipamento alternativo para o jogo. Só que o Desportivo na altura tinha um alternativo azul-claro, o que não era suficientemente “alternativo” para a FPF. Com isto, o financeiramente apertado Chaves foi obrigado a criar à última hora um terceiro equipamento ao invés de passar a ser o FC Porto a utilizar o seu alternativo laranja.

 

Não é um caso grave, nem por sombras, mas mostra bem a falta de tato da Federação, que obrigou um clube em dificuldades a olhar para catálogos de equipamentos em vez de procurar uma outra alternativa. Mais uma das polémicas entre GD Chaves e a FPF.

Chaves contra 12 jogadores do Bragança

Peripécias e polémicas entre GD Chaves e a FPF

 

Corria o ano de 2011 e o Desportivo estava na II Divisão B, a chamada “liga das aldeias”, quando foi a Bragança defrontar a equipa local para mais um jogo do campeonato, que na altura estava marcado pelos muitos problemas financeiros do Chaves.

 

Aos 78 minutos dá-se toda a confusão: um jogador do Bragança lesiona-se e sai de campo para receber assistência. Entrentanto há uma substituição na equipa local e entra um novo jogador e… O lesionado que entretanto estava recuperado. Durante dois minutos o  Bragança jogou com 12 elementos, numa clara violação das regras do jogo e um erro técnico passível de repetição do encontro.

 

No entanto, a Federação decidiu encolher os ombros e nada fez para reverter os acontecimentos, acabando mesmo o Chaves por ter de se contentar com apenas o empate.

O mítico rabo de Freamunde aos adeptos do Chaves

Peripécias e polémicas entre GD Chaves e a FPF

 

Estávamos por alturas do natal na temporada 2014/15 e o Chaves, então orientado por Luís Norton de Matos, recebia o Freamunde em casa para a II Liga. Um jogo disputado contra uma equipa matreira mas que o Desportivo estava em vantagem por 1-0 já perto do final do encontro.

 

Foi então aos 83 minutos que o avançado costa-marfinense Dally, do Freamunde, conseguiu atirar a bola para a baliza azul-grená e restabelecer a igualdade. Um balde de água fria para os adeptos nas bancadas que foram presenteados com uma atitude abominável por parte do jogador visitante: baixou os calções e mostrou o rabo à bancada descoberta, onde estava a União Flaviense.

 

A atitude de Dally levou a uma valente assobiadela por parte dos adeptos flavienses e uma grande revolta no seio da claque, que subiu a grade e insultou fortemente o jogador adversário (como é, desde já, natural) e Dally acabou expulso. No final do jogo confirmou-se o empate e uma revelação surpreendente do jogador do Freamunde, que disse ter feito o que fez por ouvir… Insultos racistas.

 

Alguns meses passaram-se desde então, Carlos Pinto substituiu Norton de Matos após esse jogo contra o Freamunde e a Federação divulgou os castigos por causa dos incidentes do tão afamado jogo: Dally recebeu 50€ de multa, enquanto que o Chaves foi penalizado em… 7 mil euros! Não só contou com uma multa 140x superior à do jogador adversário, como ainda foi punido com um jogo à porta fechada e logo o primeiro da época seguinte, para a Taça da Liga diante do Varzim, e que marcava uma altura em que a cidade se enchia de emigrantes e o Desportivo conseguia sempre soar um encaixe financeiro importante.

 

Até hoje, ainda ninguém sabe que “insultos racistas” foram pronunciados, nem de onde vieram e muito menos há provas em vídeo/áudio disso ter sequer acontecido. Quem lá esteve conta que não ouviu nada de mais vindo da bancada. Outra polémicas entre GD Chaves e a FPF.

As garrafas de água pior que tochas

Peripécias e polémicas entre GD Chaves e a FPF

 

Avancemos já para a Primeira Liga e logo para a época passada. O Desportivo jogava contra o Rio Ave no Municipal de Chaves em dezembro, num jogo para a 15ª jornada do campeonato. O encontro, então arbitrado por Bruno Paixão, estava bem quente e os vilacondenses, depois de s terem colocado em vantagem cedo, protegiam com todas as forças a vantagem, apostando inclusive em anti-jogo para “salvar” os três pontos.

 

Porém, na bancada o clima estava bastante exaltado com a atitude de alguns jogadores visitantes e até com a arbitragem abominável que se assistiu nesse jogo, que levou a alguém a atirar uma garrafa de água para o relvado. Uma atitude reprovável que levou o Chaves a ser multado em 5 mil euros pela Federação.

 

Até aqui, nada de surpreendente mas pior fica quando, durante o mesmo campeonato, se assistiu ao arremesso de tochas e petardos por parte de adeptos dos ditos “grandes” para o relvado em vários jogos e num deles, um V. Setúbal-Benfica, a multa aplicada pela Federação pelo arremesso de pirotecnica por parte dos adeptos visitantes foi de… 2800 euros! Claramente, uns são filhos e outros são enteados para o Conselho de Disciplina.

O relatório desaparecido de Hugo Miguel

Peripécias e polémicas entre GD Chaves e a FPF

 

Vamos ao fatídico jogo que levou o Chaves a ficar de fora da luta pela Europa em 2017/2018: o Desportivo foi ao Estádio dos Arcos defrontar o Rio Ave e quem lá foi viu uma das exibições mais patéticas por parte de uma equipa de arbitragem.

 

Hugo Miguel, árbitro do encontro, anulou um golo limpo ao Chaves, expulsou Perdigão sem motivo aparente quando este estava a aquecer, “ofereceu” dois penáltis duvidosos aos locais, não assinalou um penálti a favor do Chaves e ainda expulsou Platiny já depois do jogo acabar, reduzindo e muito a força de ataque do Chaves para os jogos seguintes.

 

Colocando a arbitragem reprovável de lado, a verdade é que já se passaram 3 meses, um novo campeonato está para começar e ainda não foi divulgado o relatório desse jogo, algo que, surpreendentemente, foi caso único nessa jornada já que os relatórios dos restantes jogos foi divulgado.

 

Há anos que a Federação mostra que só sabe agir de punho firme contra o Chaves mas que fica sem tomates quando se trata dos “grandes”. A Federação é, no final de contas, um bully de terceira categoria e que não merece o respeito dos transmontanos. Se era para isto, mais valia jogarmos o campeonato espanhol.

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