Recuamos até ao fatídico ano da insolvência, 2011, para esta história inusitada que envolve o Desportivo de Chaves, Francisco Carvalho e uma caricata solução para os graves problemas financeiros que o clube vivia.
Tudo aconteceu numa entrevista ao Diário Atual, mas é importante dar contexto ao que se passava na altura.
Sem dinheiro por causa das dívidas a credores, sendo o antigo presidente do clube Castanheira Gonçalves o principal queixoso, o Desportivo estava nas ruas da amargura: duas bancadas foram fechadas para poupar na segurança, vários jogadores rescindiram contrato, Mário Carneiro demitiu-se mas continuava na presidência por não haver alternativa e a inscrição na temporada seguinte estava em sério risco.
E é neste cenário que aparece Francisco Carvalho. Muitas vezes falado como uma possível solução, deu uma entrevista antes da época acabar em que dizia ser “inviável” resgatar o Desportivo de Chaves, o clube já não teria salvação.
Em resposta a esse provável fecho de portas, trouxe uma alternativa: “vamos fundar a Associação Grémio Desportivo de Chaves. O clube já está registado na Federação”, disse o empresário.
No final o Grémio não avançou, Francisco entrou mesmo no GD Chaves com os filhos e resolveu a complicada falta de dinheiro que os flavienses viviam… e ali está desde então.
Curiosa anedota. Porque será que ele tinha escolhido o nome Grémio? Normalmente, os clubes que fecham portas e se refundam não mudam o nome tão drasticamente. Desde logo, ainda bem que a transformação em Grémio acabou por não acontecer.
O objetivo seria manter a sigla ‘GDC’. Sendo que o clube continuava a ser conhecido como Desportivo de Chaves, mas contaria como uma nova organização.
“(…)No final o Grémio não avançou, Francisco entrou mesmo no GD Chaves com os filhos e resolveu a complicada falta de dinheiro que os flavienses viviam… e ali está desde então.”
E ainda bem! E, se possível, que se mantenham lá por muitos e bons anos.