Reforços que não apareceram, renovações que se esfumaram, obras que ninguém viu e treinadores que mais valia nem terem vindo. Apresentamos Francisco José, o “Só Que Não” que está à frente da SAD do GD Chaves e vai lançar os flavienses diretamente para a Segunda Liga.

 

Competições Europeias… Só Que Não

 

Há sensivelmente um ano, depois de garantida a manutenção na Primeira Liga, Francisco José deu uma entrevista ao Canal Alto Tâmega (antiga Sinal TV), onde revelou e explicou que o GD Chaves não tinha sido inscrito nas competições Europeias (na altura havia ainda hipóteses de chegar ao 5º Lugar que dava acesso à Conference League).

 

GD Chaves não pode ir às competições europeias

 

Entre outros argumentos, o presidente da SAD disse que seria desastroso para as finanças do clube uma aventura europeia e que o projeto era de consolidar o clube na Primeira, só depois se pensaria em vôos mais altos.

 

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E assim, com pão e bolos, se enganou os tolos, e o tal projeto de consolidação, estará prestes de cair por terra com o clube a descer à Segunda Liga.

 

Outro dos argumentos usados, foi a falta de condições do estádio para receber licenciamento para jogos da UEFA, e houve até a promessa de obras “no valor de 300 mil euros” para a modernização do Municipal de forma a alcançar o dito licenciamento.

 

 

A verdade é que um ano depois, ainda não se percebe essas obras, uma vez que a única atualização que o Municipal recebeu foi ao nível dos bancos de suplentes.

 

Vítor Campelos fica… Só Que Não

 

Finda a a época desportiva, deu início a “Novela Campelos”, com avanços e recuos constantes durante muito tempo, mas com o presidente da SAD a garantir sempre a continuidade do treinador que tinha devolvido o clube à Primeira Liga e conseguiu uma milagrosa manutenção – como dissemos com possibilidades de chegar à Europa – com um plantel que durante meses não dava garantias, uma vez que tinha imensas baixas e o banco não dava o mesmo que o onze titular. Ainda assim, era consensual que a continuidade de Campelos seria para o bem de todos, a melhor opção.

 

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Também se começou a falar em saídas, com o presidente da SAD a reconhecer que iria perder 3 ou 4 jogadores importantes. Na verdade não foram só “três ou quatro”: no último defeso, o Chaves perdeu seis do onze mais utilizado durante toda a época, a começar pela baliza com a saída de Paulo Vítor, os centrais Nélson Monte e Ponck, os médios João Teixeira e João Mendes e o avançado Juninho.

 

Imagem: Zerozero

 

Ainda assim, e com todas estas baixas, os adeptos mantinham a esperança na continuidade de Campelos, e o presidente ia alimentando essa esperança.

 

 

O que é certo é que mais uma vez… caiu por terra, e o treinador da subida, do milagre da manutenção acabou por sair do clube. Apesar de nunca se ter sabido ao certo o que aconteceu, a Comunidade Azul-Grená sabe que depois da queda do negócio com o Cardiff, a vontade do treinador seria de ficar em Chaves, contudo e apesar de tantas garantias dadas na comunicação social, a SAD voltou atrás e não quis negociar mais com o treinador, deixando-o sair.

 

 

Definido que estava o futuro do treinador, era hora de escolher um novo, que viesse dar continuidade ao trabalho para que o tal projeto de consolidação seguisse o rumo estabelecido. E eis que surpreendentemente a escolha recai sobre José Gomes, que duas semanas antes tinha perdido o play-off e consequentemente descido de divisão com o Marítimo – lembrar que o clube onde tinha iniciado a época e tinha construído plantel (a Ponferradina em Espanha), também acabou por descer de divisão.

 

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Durou cinco jornadas em Chaves. 5 Jogos, 5 derrotas, 17 golos sofrido, com uma derrota em Faro por 5-0. Mas antes de ser destituído, recebeu “total confiança por parte da direção”, que foi segurando o treinador, mesmo em duas fases de paragens de seleções que davam tempo a um novo treinador trabalhar a equipa com mais tranquilidade.

 

 

E eis que chega Moreno. O treinador vimaranense de 42 anos entrou com tudo, com 1 empate e 2 vitórias nos 3 primeiros jogos, os primeiros pontos da época do Chaves, mas depois houve uma queda estrondosa em Canelas para a Taça, e o regresso às derrotas e às goleadas (5-0 em Guimarães), desviaram novamente o clube do caminho para a tão prometida consolidação e entrávamos numa espiral negativa de 3 vitórias em 24 jogos. Uma vez mais uma aposta que não deu certo.

 

Oito milhões para o plantel… Só Que Não

 

Depois de definido o treinador (José Gomes), estava na altura de construir um plantel que desse garantias e lutasse pela manutenção. Para isso, o presidente da SAD definiu um orçamento de sete (houve notícias que seriam 8) milhões de euros para a reconstrução do plantel e colmatar as saídas dos 6 titulares.

 

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Uma vez mais as opções deixaram muito a desejar, e depois de uma pré-época com jogadores que mais tarde foram emprestados ou relegados à equipa B, a chegada de jogadores acontece já com a época em andamento. A única forma que vemos que esse orçamento tenha sido mesmo utilizado é só em ordenados altissímos pagos a flops e jogadores que não estão de corpo e alma com a equipa.

 

Dezembro acabou por não trazer melhores notícias. Houve boas contratações para a zona defensiva, mas despiu a equipa de jogo ofensivo, com a saída de avançados e a não contratação sequer de substitutos para as saídas.

 

Outro tiro nos pés nesta janela de transferência, foi a saída de Bruno Langa.

 

 

Uma vez mais, e mesmo depois de na época passada ter cometido o mesmo erro com a saída de Batxi e Kevin Pina depois do fecho de mercado, em janeiro a SAD volta a deixar sair um jogador sem hipótese de o poder substituir. E como se este caso não fosse já o suficientemente mau para uma equipa destruturada, o único defesa esquerdo que podia fazer a posição, lesionou-se durante alguns meses, tendo de adaptar jogadores como Benny, Morim ou Júnior Pius a lateral.

 

 

Menção Honrosa

 

Não queremos chegar à conclusão deste post sem deixar uma menção honrosa a uma contratação que nunca foi bem explicada, mas que ultimamente muitos são os adeptos que têm criticado.

 

 

O antigo defesa e diretor desportivo, Nélson Lenho, regressou a Chaves depois de uma aventura no Boavista. Nunca foi bem explicado o porquê e para quê. O que é certo é que é muitas vezes associado a algumas escolhas quer de jogadores, quer dos próprios treinadores.

 

Conclusão

 

A não inscrição na Liga Europa, anunciada há pouco mais de um ano, trouxe-nos uma série de promessas e de decisões estranhas que nos trazem até hoje… muito perto de regressar à Segunda Liga.

 

  • Iamos consolidar o clube na Primeira Liga… Só que não!
  • Íamos manter o Vítor Campelos… Só que não!
  • Orçamento de 8 milhões para construir um plantel de qualidade… Só que não!
  • Manter a equipa na Primeira Liga… Só que não!
  • Reforçar o plantel em janeiro… Só que não!

 

Uma série de “Só que não!” que demonstra a incapacidade e a incompetência deste Presidente da SAD para liderar o clube.

 

– Slvkov-

3 thoughts on “Só que não!

  1. Vamos ajudar o clube e puxar pela equipa….. com preços de bilhetes de liga europa!!! Já muito tem feito os sócios e simpatizantes de meter boas casas com este futebol e estes preços

    1. É isso que estamos a tentar fazer.. As palmadinhas nas costas trouxeram-nos até aqui.

      O tempo de defender todos os erros já passou. Há que assumir responsabilidades.

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