Desportivo de Chaves e Benfica. Dois históricos do futebol português, voltam a estar frente a frente para a Primeira Liga.
Além dos vários confrontos entre as duas equipas, há jogadores que vestiram as duas camisolas, muitos deles com mais sucesso em Trás-os-Montes que no estádio da Luz.
Eis dez jogadores que passaram pelo GD Chaves e Benfica.
Todos os Jogadores
Jorge Silva
Um daqueles avançados que não enganavam e que jogaram no Desportivo de Chaves nos gloriosos anos 80.
Chegou a Trás-os-Montes vindo do Benfica, já com 27 anos, e destacou-se como um letal homem do ataque. Foram 19 golos entre 1986 e 1988, onde foi comandado por Raul Águas e levou os flavienses à primeira aventura na Taça UEFA.
Um dos grandes avançados do campeonato a jogar de azul-grená.
Gustavo Manduca
Um jogador que foi descoberto primeiro pelo GD Chaves e só depois rumou ao Benfica. Formado ao lado de Ronaldinho e Anderson Polga no Grêmio, passou pela Finlândia e Esposende até chegar a Trás-os-Montes.
Foram três épocas de alto nível do brasileiro ao serviço dos Valentes Transmontanos, onde Manduca marcou 23 golo em 77 jogos. Saiu em 2003 e três anos depois assinou pelo Benfica, após boas épocas no Marítimo, mas só durou meia época na equipa encarnada.
Fez carreira na Grécia e Chipre, numa aventura que ganhou uma rampa de lançamento em Trás-os-Montes.
Luís Martins
O lateral esquerdo foi formado no Seixal e chegou à equipa principal dos encarnados, mas ficou-se por apenas cinco jogos na Luz. Passou por Gil Vicente, Granada, Osasuna e Marítimo até ser um dos jogadores que passaram pelo GD Chaves e Benfica.
No Desportivo, nunca foi peça que merecesse a confiança total, mesmo com o bom currículo. Fez 21 jogos, marcou um golo, mas acabou por sair de Trás-os-Montes assim que a descida ficou confirmada.
Fonseca
Grande guarda-redes, um histórico do GD Chaves e que até passou pelo Benfica, apesar de ser mais recordado como guardião do FC Porto.
Na Luz esteve três épocas, fez 16 jogos e foi bicampeão nacional, além de ganhar duas Taças de Portugal.
Anos mais tarde, já com uma longa carreira, assinou pelo Desportivo, onde esteve cinco temporada, sendo até treinador dos Valentes Transmontanos. Um guardião que deixou saudades.
Raphael Guzzo
Único nome da lista que apenas jogou na equipa principal do Desportivo de Chaves. Guzzo foi uma enorme promessa do futebol flaviense e acabou por rumar ao Benfica ainda como iniciado.
Fez o resto da formação por lá e chegou à equipa B, de onde acabou por não passar. Vai na terceira passagem pelo Desportivo de Chaves, depois de aventuras no Tondela, em Espanha e no Vizela.
José Pedro
Um nome que vai ser mais reconhecido pelos mais velhos. José Pedro chegou a ser uma grande promessa do futebol nacional, onde começou ao serviço do Benfica.
Depois de duas épocas na Luz, foi para Chaves, onde esteve dois anos, com vários golos marcados. Ainda assim, não foi o suficiente para atingir o potencial que lhe davam, acabando por rumar ao Feirense.
Garrido
Um defesa de enorme valor que vestiu a camisola azul-grená. Passou pelo Monção e Gil Vicente até chegar ao Municipal, em plena I Divisão.
Fez duas épocas fantásticas em Trás-os-Montes, com 58 jogos e dois golos, que lhe valeram a ida para o Benfica, onde jogou uma época, com três golos em 17 jogos.
Raul Águas
Uma lenda do Desportivo de Chaves, mas com fortes conexões familiares ao Benfica: O tio José Águas foi bicampeão europeu, o primo Rui Águas foi um dos grandes avançados portugueses, tanto no Benfica, no FC Porto e na Seleção Nacional.
Já Raul começou no Benfica, mas saiu por falta de espaço. Avançado interessante, passou pela Académica, U. Tomar, os belgas do Zulte e do Lierse, além do Oliveira do Bairro e Portimonense até chegar ao Desportivo de Chaves.
Foi jogador duas épocas, passou a jogador-treinador na histórica subida à I Divisão e depois foi treinador em três temporadas de luxo nos Valentes Transmontanos, onde comandou o próprio Jorge Silva.
Uma antiga glória singular, daquelas que maior marca deixaram de azul-grená.
João Teixeira
A grande promessa do Benfica, colocado como uma estrela do futuro pelo antigo treinador encarnado Rui Vitória, que nunca atingiu o estrelato, mas fez-se craque no GD Chaves.
Tido como um dos grandes talentos da formação lisboeta, a falta de cabeça fez com que a carreira de João Teixeira fosse mais mediana que o esperado: passou pelo Vitória SC, Wolverhampton, Nottingham Forest e Vitória FC até chegar a Trás-os-Montes.
Depois de algumas épocas desapontantes, mostrou o melhor futebol da carreira no Municipal, onde se tornou uma glória do Desportivo e um dos mais talentosos jogadores a pisar o relvado flaviense.
Miguelito
Um bom candidato a uma edição do “Sim, ele passou por Chaves”, o lateral esquerdo é um daqueles jogadores medianos que conseguiram chegar a um dos chamados “grandes”. Fez poucos jogos no Benfica em época e meia e acabou despachado para o SC Braga.
Passou por Rio Ave, Nacional, Marítimo, Belenenses, Vitória FC, Apollon e Moreirense até chegar ao Desportivo, onde fez 17 jogos na época 2014/2015. Acabou a carreira no ano seguinte, no Tirsense.
Curiosamente, Sérgio Organista, irmão de Miguelito, também passou pelo Municipal em 2013/2014.
O Eusébio não defendeu as cores do Chaves (por um jogo apenas)?
Nim. Jogou pelo Chaves, sim, mas foi num jogo amigável apenas.
Soava a batota metê-lo na lista
Entendido. Tem toda a razão. Já agora, felicitou-lhe por este site excelente, graças a qual tenho aprendido muito sobre o clube da minha terra. Aliás, foi neste site que fiquei a saber que o Eusébio jogou pelo Desportivo.
Obrigado pelo elogio! Estamos sempre a tentar passar a palavra do nosso Desportivo