Ganhar fora parece ser uma característica que não assiste ao Desportivo de Chaves. Agora frente ao Benfica B, no Seixal, os comandados de Vítor Campelos saíram derrotados por 3-1, num jogo onde ficaram evidentes os pontos negativos do plantel flaviense.
A primeira parte fica marcada pelo equilíbrio, com o GD Chaves e Benfica B a chegarem a meio-campo adversário, mas a terem grandes dificuldades para rematar à baliza. Foi preciso esperar pelos 27 minutos para ver uma grande oportunidade, com Samuel Pedro a atirar ao poste da baliza transmontana. Já em cima do intervalo chegou a resposta azul-grená, mas o bom trabalho de Batxi acabou num remate fácil para o guarda-redes Svilar.
A segunda parte foi penosa para os flavienses, que sofreram o primeiro golo logo aos 50 minutos, num remate colocado de Martim Neto a bater Samu. Pouco depois, Henrique Araújo surgiu isolado e bateu o jovem guardião do GD Chaves para o 2-0. Numa desvantagem inglória, o Desportivo tentou procurar a resposta, que só chegou aos 69 minutos, num canto na direita desviado por Nuno Coelho e Kevin Pina, de cabeça, a reduzir a desvantagem com o primeiro golo com a camisola azul-grená.
O Desportivo procurou chegar ao empate, mas as esperanças transmontanas morreram a 15 minutos do fim. Canto para o Benfica B e Tomás Araújo a cabecear ao segundo poste para o 3-1, num lance onde Samu e a defesa flaviense ficam com culpas no cartório. O GD Chaves soma a segunda derrota no campeonato e sofre um duro revés depois da eliminação surpreendente na Taça de Portugal, numa equipa que parece ter muitas limitações em relação aos objetivos para esta época.
HOMEM-DO-JOGO
João Correia – Apesar de tudo, ainda houve algumas exibições interessantes do lado flaviense, com João Teixeira e João Correia a lutarem pela posição de homem-do-jogo dos Valentes Transmontanos. No final, premiamos o lateral direito, que fez a cabeça em água ao Benfica B, apesar de não ter transformado a boa exibição em golos para o Desportivo.
O DESAPARECIDO
Platiny – Esteve mais envolvido no jogo que em outras partidas, mas nota-se claramente que não é ponta-de-lança para jogar sozinho no ataque. O brasileiro pode vir a ser útil como segundo avançado ou até a jogar nas alas do ataque, mas para goleador de serviço não parece servir. Não fez um jogo paupérrimo, mas fica a nota para o treinador que Platiny não pode ser usado no papel atual. Uma posição a ser revista nos próximos tempos, pelo bem dos resultados do GD Chaves.
DISCURSO DIRETO
João Teixeira: “Foi um jogo que pendeu para quem marcou primeiro. Até lá estava equilibrado, eles com mais de posse, mas nós mais perigosos. Reagimos bem ao segundo golo, ficámos por cima do jogo mas o 3-1 matou-nos completamente.”
Vítor Campelos: “Foi um jogo equilibrado, mas resume-se muito à eficácia. Sofremos o segundo num pontapé para a frente que não pode acontecer, apesar do jogador do Benfica B parecer adiantado. Reagimos bem, estivemos perto do 2-2 e, numa bola parada, fez o 3-1 e acabou com o jogo. A equipa demonstrou organização, estamos convictos que quem joga bem está mais perto de ganhar, mas hoje o Benfica teve mais eficácia que nós.”