baovista.png

 

O Desportivo começou por deixar-nos felizes, depois deprimidos durante 60 minutos e, no final, orgulhosos. Foi assim a esquizofrenia no Bessa.

 

 

Um carrossel de emoções atingiu os adeptos flavienses no terreno do Boavista, com os motivos de alegria a misturarem-se com os depressivos erros já habituais do Chaves nesta recta final, mas ao menos deu para já atingirmos a marca da época passada.

 

Excelente reação, mas os jogos têm 90 minutos meus caros

 

 

O jogo começou cheio de alegrias para os flavienses, que puderam quase visionar o fim de um ciclo sem vitórias, que já vai longo, graças ao belo golo de Davidson, que nos fez lembrar as belas habilidades de Fábio Martins na época passada, comprovando-se que o extremo brasileiro é um substituto à altura.

 

 

Depois do golo, veio a hibernação que durou até aos minutos finais. Todo um desfile de mau defender, pouco atacar e algumas jogadas que mais parecem matraquilhos levavam os adeptos a revirar os olhos por causa dos 11 rapazes de azul-grená que disfrutavam de umas férias antecipadas no relvado e o resultado ao intervalo assim o comprovou: Primeiro António Filipe mandou um pato, depois Djavan ficou a ver navios em vez de defender e Renato Santos fez a reviravolta.

 

 

Na segunda parte deu para chorar um bocado mais perante tanta nabice do Chaves e culminaram num ridículo 1-3, com a defesa mais uma vez às aranhas. No entanto, a entrada de Stephen Eustáquio no início da segunda parte e de Platiny aos XX minutos vieram revigorar os Valentes Transmontanos e foi dos pés dos dois substitutos que o Chaves conseguiu sair do Bessa com pontos. Primeiro Stephen aproveitou um mau alívio para fazer um disparo para o fundo das redes axadrezadas, enquanto Platiny rematou após defesa incompleta e fez o empate já em cima dos 90′.

 

 

Com este resultado, o Chaves continua no meio da tabela é conseguiu alcançar a marca da época passada, 38 pontos, quando ainda faltam quatro jornadas para o fim da temporada.

 

 

Conclusões

 

 

É inevitável falar da falta de concentração e de querer que esta equipa mostra desde que garantimos a manutenção na Primeira Liga, com a equipa a mostrar tão pouco que só dá vontade de pedir o preço do bilhete de volta. No entanto, ao contrário dos últimos jogos, a equipa decidiu aparecer para o final do encontro e deu-nos uma amostra daquilo que consegue quando vai com tudo para dentro de campo, com uma recuperação épica e digna do leque de jogadores de qualidade que temos no plantel.

 

 

Há aqui vários apontamentos para fazer acerca de quem jogou, desde logo uma desilusão: Djavan. O lateral brasileiro esteve à deriva na partida e continua a mostrar uma fragilidade inacreditável a defender, como aconteceu no segundo golo onde falhou em evitar que a bola fosse chegar a Renato Santos, a grande preocupação do seu flanco ao longo de todo o jogo e que raramente foi bloqueado pelo lateral esquerdo do Desportivo.

 

 

Ficou também comprovado que Stephen Eustáquio só tem é de ser titular nesta equipa, mas não como trinco. O jovem médio parece que vale cada cêntimo que o Chaves gastou na sua contratação e é o elemento que faltava para solidificar a equipa flaviense, mas deixa algumas entraves a jogar a trinco devido à sua falta de físico. Com tanta qualidade nos pés, Stephen fica perfeito a jogar ao lado de Bressan ou Pedro Tiba, uma vez que esta dupla parece não se complementar de todo e a equipa acaba por sair prejudicada por ter dois médios mais ofensivos.

 

 

Por fim, a dupla de centrais Maras-Domingos parece andar perdida em campo, algo bastante estranho porque já nos provaram várias vezes que podem criar uma defesa sólida mas ultimamente não nos têm mostrado qualquer conforto defensivo. Aqui também podemos meter Jefferson, talvez seja por causa do trinco que a defesa não consegue ter consistência por não terem ninguém para cobrir buracos, o que deixa em evidência que, independemente da culpa, a defesa precisa de reforços na nova temporada, sem qualquer dúvida.

 

 

Na próxima jornada há uma recepção ao Portimonense, uma equipa de bom futebol e muita rapidez e se na primeira volta nos safámos por pouco, há várias reticências para esta partida, ainda para mais com Pedro Queirós a defesa direito. Enfim, que nos mostrem o que valem e não durmam na parada, que era o que mais faltava o adeptos pagarem bilhete para verem jogadores de férias antecipadas novamente.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

P