Um minuto bastou para que o Chaves tivesse um Aniversário Feliz. Rubén Pina e Paulo Vitor saltaram do banco para resolver um jogo que desde cedo se complicou.
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A Crónica do Chaves 2-1 Torreense
Mais uma vez a jogar ao sábado às 11h, o Municipal “vestia-se” de gala para festejar o 75º Aniversário do Grupo Desportivo de Chaves. As equipas subiram ao relvado ladeadas por 75 jovens da formação do clube, mas o cenário que iriam encarar não era assim tão festivo.
Com as bancadas bastante despidas de público, seja porque estamos em época de vendimas, porque muita gente trabalha sábado de manhã, ou pela desilusão de um início de época muito atabalhoado, a verdade é que os adeptos não responderam com a força de outros tempos. No fim, os números oficiais contavam cerca de 850 pessoas, mas a verdade é que olhar para as bancadas despidas daquela maneira, entristece e muito quem estava habituado a ver milhares.
Com o início do jogo percebeu-se melhor o porque de serem já muito poucos os resistentes, e os que foram, certamente se arrependeram desde cedo de terem ido.
O jogo começou frio como o tempo que já se começa a sentir na região. Equipas muito nervosas e até diria desleixadas, tal a falta de intensiadade que houve, corriam atrás da bola como se o árbitro não tivesse ainda aptado. Foi preciso chegar ao minuto 21 para haver uma jogada de perigo real… E deu golo. Javi Vazquez lança Rebelo que no meio de Bruno Rodrigues e Vasco Fernandes consegue fazer o remate para defesa de Vozinha, na sequência da defesa a bola vem para a frente do guarda redes e sem se conseguir desviar, Vasco Fernandes com um toque involuntário mete a bola no fundo das redes. Estava feito o 0-1, e a paciência dos poucos adeptos começou a desmoronar.
Até ao intervalo o Chaves tentou responder, mas sempre sem ideias e sem critério.
Foi preciso sofrer até aos 83 minutos para que a frustração e até a indignação, dessem lugar à festa. Primeiro Paulo Vitor é derrubado na área depois de uma boa insitência ter conseguido recuperar a bola naquela zona, Nuno Almeida sem qualquer dúvida assinala grande penalidade e Ruben Pina muito tranquilo apesar das provocações de Lucas Paes, converte para o empate. Bola ao centro, o chaves recupera rápido e lança Ruben Pina pela esquerda que com um cruzamento bem medido para a entrada da pequena área encontra Paulo Vitor que “só” teve de encostar para a reviravolta no marcador, o brasileiro aparece muito bem no meio dos centrais e coloca o pé de forma sublime para empurrar a bola para fora do alcance do guarda redes.
Até ao final o Chaves teve de sofrer um pouco, mas vimos nos últimos minutos uma equipa muito solidária que cerrou os dentes para conseguir segurar a vantagem.
Um final feliz para um jogo que tinha tudo para ser um pesadelo, mas que graças a Paulo Vitor e Ruben Pina acabou por ser uma celebração de Aniversário Feliz.
Onzes iniciais e substituições no Chaves x Torreense
Chaves: Vozinha; Carraça, Bruno Rodrigues, Vasco Fernandes, Kiko (Aaron, 91′); Roan Wilson, Pelágio(Pedro Pinho, 77′), Tiba (André Ricardo 58′); Rui Gomes (Paulo Vitor, 77′), Sanca (Ruben Pina, 58′) e Ayongo.
Torreense: Lucas Paes; Agbor (Né Lopes, 60′), Lomboto (Tiago Matos, 77′), Stopira; Dani Bolt (Vasco Oliveira, 77′), Balanta, David Costa, Leo Silva, Javi Vazquez; Rebelo (Pité, 60′) e Pozo (Paraizo, 67′).
Notas dos jogadores no Chaves x Torreense
MVP para a Comunidade Azul-Grená
Rúben Pina – 4: Entrou para mexer e para resolver. Golo e Assistência.
Vozinha – 3: Não teve muito trabalho, não tem culpa no golo sofrido, e ainda conseguiu boas defesas no final para segurar o resultado.
Bruno Rodrigues – 3: Ainda não é um central de garantias, mas é sem dúvida, neste momento, o melhor central do Chaves.
Vasco Fernandes – 2: Não leva esta nota pelo golo, porque não tem culpa, foi um lance furtuito em que a sorte sorriu ao adversário, contudo, apesar da liderança, começa a notar-se um declinio fisico principalmente na velocidaed.
Carraça – 2: Não sabemos o porque de Tiago Almeida nunca ser aposta, deve ser o único jogador que não tem minutos, ainda assim Carraça não tem complicado, mas está longe de ser o lateral que precisamos.
Kiko – 4: Nos momentos menos bons da equipa, Kiko voltou a sobressair tentanto levar a equipa p’ra frente, mostra-se sempre a bom nível.
Roan Wilson – 3: A paragem da Taça, parece ter afetado o crescimento do médio, ainda assim foi de menos a mais no jogo.
Pelágio – 4: Outro que tentou segurar a equipa quando esta ainda não tinha acordado, sempre muito intenso, e sem dar uma bola por perdida.
Tiba – 2: Está muito longe de ser o Tiba de outros tempos, e hoje com a função de substituir Ktatau (vá-se lá entender), vu-se claramente que não estava no seu habitat, dos piores em campo.
Sanca – 1: Começam a faltar palavras para descrever os jogos do extremo. Falta de compromisso, falta de atitude e diriamos até que falta de qualidade, saiu de baixo de um coro de assobios, com os adeptos a perder a paciencia para tanta displiciencia. Mandamos uma força o jovem Sanca, mas está na altura de Marco Alves proteger o homem e não meter o jogador em campo.
Rui Gomes – 2: Hoje mais apagado que nos jogos anteriores, acabou substituido sem ter grande impacto no jogo
Ayongo – 3: Mais um que hoje este longe do que já mostrou nos outros jogos que fez, nos últimos minutos mostrou compromisso e conseguiu um par de cortes importantes na defesa.
André Ricardo – 4: Entrou e mexeu com o jogo, nos 3 primeiro minutos fez tantos remates como toda a equipa nos 58 anteriores, ainda não conseguimos perceber o porque de ter ficado no banco.
Paulo Vitor – 4: Entrou e no minuto seguinte ganhou uma grande penalidade, e no seguinte apareceu sorrateiro atrás dos centrais para se estrear a marcar esta época.
Pedro Pinho – 2: Não teve qualquer impacto no jogo, está longe do Pedro Pinho da época passada que prometeu muito.
Aarón: Depois de um belo jogo em Ponte de Lima, o lateral espanhol entrou novamente, aos 91′, sem muito tempo para se mostrar.
Marco Alves – 2: Hoje apesar da 3ª vitória consecutiva, não consigo dar nota positiva ao treinador, Complicou um jogo que veio-se a provar que poderia ter sido mais fácil. As apostas de Tiba a 10, e de Sanca no onze inicial não foram bem sucedidas, e o técnico terá de repensar estas escolhas. Apesar de Ruben Pina ainda não ter aparecido ao nível que prometeu na pré-época, é, a nosso entender, mais jogador que Sanca, e no caso de André Ricardo que até achamos que poderá ser o titular insicutivel, podemos entender que as questões fisicas possam ainda deixar a desejar, mas sendo aqui um pouco treinadores de bancada, será sempre melhor ter titulares a resolver, e suplentes a gerir, do que ter suplentes de inicio e titulares que entram sem tempo. Ou seja, e trocando por miudos, será melhor jogar com André Ricardo a titular e substitui-lo por Tiba quando estiver o jogo favorável, do que ter Tiba a complicar e André não conseguir resolver. Fica a dica ;).
Para fechar
Nota para a homenagem ao ex-atleta Miguel Pintado que recebeu das mãos de Bruno Carvalho uma camisola. O atleta flaviense, agora ao serviço do Braga, tem elevado o nome de Chaves nas areias de Portugal e do mundo e esta época ganhou todos os títulos em que esteve envolvido, inclusive o Campeonato Europeu ao serviço da Seleção Nacional. Deixamos aqui também as nossas felicitações.