Transmontanos foram ao Dragão levar uma goleada histórica num jogo sem pés nem cabeça da turma azul-grená, que nem parece ter entrado em campo.
A estreia do Chaves na Liga NOS não podia ter sido mais patética. Em casa do campeão nacional, para um jogo que já se sabia ser difícil, o Desportivo foi dizimado pelos portistas e saiu com uma mão cheia de golos sofridos, múltiplas dores de cabeça e a darem boleia de volta a casa a um par de jogadores inúteis.
Sem fio de jogo que se visse, o Desportivo nem um remate à baliza conseguiu fazer e não fosse alguma azelhice de jogadores portistas ainda podia ter levado um caba maior para casa, com uma quantidade patética de passes falhados, pouca pressão, nenhuma desmarcação e uma falta de noção ridícula.
Bom, despachada a exibição paupérrima do Chaves, vamos fazer uma avaliação individual a cada jogador que pisou o relvado do estádio do Dragão:
Ricardo
Foi obrigado a ir buscar a bola cinco vezes o fundo da baliza, mas nenhum golo foi culpa dele. Ainda esteve bem nas saídas e fez algumas defesas que evitaram a humilhação ser maior.
Brigues
Ainda conseguiu fazer alguma coisa na primeira parte, mas com o passar do tempo tornou-se cada vez mais difícil acompanhar Brahimi e compensar as subidas para o ataque. Percebe-se porque está cá como suplente do Paulinho.
Luís Martins
Algo azelha a passar a bola algumas vezes, ainda permitiu um par de contra-ataques perigosos ao FC Porto por culpa de maus passes. Tem de saber impor-se na sua lateral e muitas vezes andava a defender no meio e deixava os extremos adversários cruzarem à vontade.
Nikola Maras
Esteve algo perdido nas marcações, mas ainda fez alguns cortes a tirar o pão da boca aos adversários. Foi pena que os colegas de equipa perdessem a bola com tanta facilidade que nem conseguia recompor-se na defesa, mas também tem de aprender a orientar-se melhor com o colega de posição, já que houve alturas em que o Porto trocava a bola à frente da pequena área.
Marcão
Tal como Maras, contou com algumas dificuldades, principalmente a dar a bola após recuperações, mas ainda compensou com um bom trabalho pelo ar. Porém, tal como o colega sérvio, parecia estar sozinho e perdido lá atrás tal era a descompensação dos companheiros. Defender só com dois dá nisto.
Filipe Melo
F€&#@!! Que exibição horrenda! Inútil, patético, anhado e perdido da vida. Um autêntico desperdício de espaço no relvado. Os seus passes disparatados originaram três golos, a sua incapacidade em construir afetou bastante a equipa e deixou que todos os jogadores do Porto passassem por ele, além dos defesas ficarem descompensados por parvoíce própria. É para dispensar ontem.
Stephen Eustáquio
Por amor de Deus, o Eustáquio NÃO É UM SUBSTITUTO PARA O TIBA! Sabemos que a baixa estatura pode assustar os treinadores a colocá-lo a médio defensivo, mas ele produz tanto nessa posição que é um crime deixá-lo desamparado no meio-campo. O Stephen tem potencial para ser um médio fantástico, mas tens e estar a construir jogo logo à frente da defesa e não a ser “comido” pela falta de físico no meio-campo…
Bruno Gallo
Esteve perdido e mal se viu, mas não se entendeu lá muito bem o porquê de não haver um médio mais ofensivo no meio. Gallo pode ser útil, talvez (muita atenção ao talvez), no papel de Tiba, algo que ainda não o vimos a fazer. No entanto, por agora, tem estado aquém do esperado.
Ghazaryan
Candidato a falhado do jogo juntamente com Filipe Melo, o arménio foi a desilusão no ataque. Não só ofereceu o primeiro golo ao Porto quando tentava ganhar um lançamento como também não soube ataque com eficiência e mostrou uma preguiça atroz. Quantas vezes parou de correr, deixando a bola para o adversário e demorou eternidades a passar a bola quando a tinha. Não pareceu nada um desequilibrador e é incrível como um jogador tão experiente não sabe lidar com o ambiente do Dragão.
Avto
O jogador que mais pena deu, não pela exibição, mas por estar tão sozinho num ataque sem criatividade. Quando arrancava não tinha ninguém para receber a bola, quando cortava para dentro ninguém se demarcava e acabou sozinho contra o mundo várias vezes. Parece que temos jogador, mas o ataque tem de o acompanhar e aparecer em posições de finalização.
William
Uma desilusão até agora, incluindo alguns jogos da pré-época. Esteve perdido o tempo todo que esteve no relvado, não apareceu uma única vez na área e foi uma das causas para Avto estar tão desamparado. Num jogo em que o contra-ataque pode ser a arma para marcar, não se pode ter o ponta-de-lança perdido no relvado. Pode muito bem perder a titularidade para o Platiny.
Niltinho
Trocou com Ghazaryan já o jogo estava mais que perdido e ainda mostrou ter alguma técnica, mas no ambiente hostil do Dragão pouco deu para ver, mas ainda conseguiu ter o pescoço apertado por Brahimi com o árbitro a assobiar para o ar. Esperemos para ver o que dá contra adversários mais acessíveis
João Teixeira
Entrou, ficou 5 minutos em campo, tentou levar o tornozelo de um adversário para casa e foi expulso, numa cena que parecia saída de um episódio do Benny Hill. Patético.
Platiny
Só deu duas arrancadas com a bola, mas foi mais que suficiente para mostrar mais que o William. Parece que dá mais ao ataque que o compatriota brasileiro e esperamos vê-lo titular na próxima jornada. Deu genica ao ataque.
Daniel Ramos
Começo mais desastroso era difícil, mas os jogadores não ajudaram também. Porém, continuar a ter receio de meter o Eustáquio a trinco afeta muito o jogo do Chaves e mexer num jogo perdido tão tarde também não se entendeu. Pode ser que mudando umas peças aqui e ali a equipa melhore, mas é preciso ganhar ao Portimonense para acalmar os adeptos.