Mais um fim de semana, mais uma derrota para o Desportivo na Segunda Liga, desta vez às mãos do Varzim. Em oito jogos no campeonato, o Chaves já leva quatro derrotas, isto numa competição em que o rolo compressor flaviense devia ser visível. Porém, a subida parece distante nesta altura e, por isso, atiramos o barro à parede: não será altura para se arranjar um novo treinador?
É certo que as campanhas nas taças mostram que há algo mais nesta equipa, algo que ainda não rendeu no campeonato. Porém, já tivemos quase três meses para ver a equipa em ação e, até agora, exibições agradáveis ainda não se viram. Além disso, bons resultados nas taças não servem de nada quando o objetivo principal é a subida.
Ainda assim, pode-se culpar alguns jogadores da equipa que claramente não têm estofo para isto (nomes serão referidos daqui a algumas semanas, quando pensarmos no mercado de janeiro). Mas há uma série de aspetos táticos desastrosos neste Chaves e esses acabam, inevitavelmente, por cair em José Mota.
Assumindo que os erros defensivos são culpa da qualidade dos jogadores, é um facto que a resposta a adversidades é para lá de rudimentar, com o Chaves a responder a desvantagens com o inútil pontapé para a frente e esperar que um golo caia do céu. Além disso, a estratégia de tirar jogadores de todo o lado para meter avançados não serve de nada.
Depois, em quatro meses de trabalho não se vê nenhuma melhoria palpável neste Chaves, com grandes dificuldades no ataque, nabice a defender e uma falta de criatividade atroz. Isto naquele que devia ser o melhor clube da Segunda Liga.
Poucas melhorias se viram com José Mota e é preciso dar um murro na mesa para conseguir chegar aos objetivos esta época. E se o treinador não der a volta às más exibições, então é preciso ir buscar alguém que o faça.
“Visto da Descoberta” é o editorial da Comunidade Azul-Grená. Às quartas-feiras, é comentado um tema do dia-a-dia do Grupo Desportivo de Chaves.