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Valentes Transmontanos regressam às vitórias no Municipal e conseguem chegar aos 36 pontos, que significam que a permanência está aí à porta.

 

 

 

Segunda vitória consecutiva, segundo jogo seguido com uma réplica menos boa do Desportivo. Apesar das claras melhorias em relação ao jogo contra o Moreirense, os flavienses voltaram a ter uma exibição “sem sal” mas, ao contrário de outras vezes que brilhámos sem ficar com os três pontos, desta vez o triunfo ficou mesmo em Trás-os-Montes.

 

 

Filme do jogo

 

 

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O Chaves começou logo a visar a baliza estorilista, com William a ser lançado por Djavan mas a não conseguir desviar a bola do alcance do guardião forasteiro. Apesar do começo vertiginoso, a primeira parte estancou em qualidade nos minutos seguintes e, aos 17 minutos, quando o perigo voltou a rondar a baliza estorilista, deu logo em golo. Paulinho lançou William na direita e o ponta-de-lança flaviense, com grande estilo, deixou o defesa contrário no chão e chutou, com tranquilidade, para o fundo das redes e deixou em delírio os 3000 Valentes Transmontanos nas bancadas.

 

 

A primeira parte foi desprovida de oportunidades dignas desse nome, mas o Estoril ainda procurou o empate pouco depois do golo flaviense, Pedro Rodrigues, aos 22′, a rematar colocado, mas a bola saiu ao lado da baliza de Ricardo, que manteve a titularidade nas redes transmontanas. O intervalo chegaria sem mais oportunidades de relevo e com o Desp. Chaves em vantagem.

 

 

No segundo tempo houve mais atrevimento de parte a parte. Aos 53 minutos, Ewandro visou a baliza de Ricardo, mas o remate saiu fraco e permitir uma defesa fácil ao veterano guarda-redes. Aos 59′ foi a vez do Chaves deixar Renan em sentido, com Davidson a desviar um cruzamento de Paulinho mas ao remate saiu ao lado.

 

 

Aos 60 minutos, André Claro foi lançado no ataque estorilista e rematou de fora da área, mas a bola passou ligeiramente por cima da baliza e não permitiu ao avançado voltar a marcar ao Chaves. Seis minutos depois foi Victor Andrade a atirar à baliza, mas Ricardo respondeu com uma defesa para canto.

 

 

A partir dos 70 minutos foi o Desportivo de Chaves que procurou aumentar a vantagem. Matheus Pereira protagoniza uma boa jogada individual pela direita, entra na área, dá a bola para Bressan mas o médio bielorrusso trocou os pés e não conseguiu atirar à baliza, tal como Pedro Tiba que, ao disparar de primeira de fora da área, atirou a bola para a última fila do Topo Sul.

 

 

Aos 77′, oportunidade de ouro para os homens de Luís Castro ampliarem a vantagem após William ser derrubado pelo guardião contrário dentro da área, com o árbitro, após recorrer ao VAR, a assinalar o castigo máximo. Chamado a converter, Tiba acabou por permitir a defesa de Renan, num remate frouxo. No entanto, o capitão dos Valentes Transmontanos não baixou os braços e ajudou a sua equipa a consolidar os três pontos quando, aos 84 minutos, lançou Matheus Pereira que, na cara do guarda-redes, atirou para o fundo das redes e permitiu os adeptos na bancada descontraírem.

 

 

A tarde que se previa satisfatória para os adeptos flavienses acabou manchada por um susto enorme após Matheus Pereira, num choque com um adversário, cair desamparado no relvado do Municipal. Os bombeiros depressa socorreram o extremo brasileiro, bem como Stephen Eustáquio, entrado ao intervalo, que prontamente auxiliou o colega de equipa para este não sufocar, acabando Stephen por se ferir na mão. Já Matheus Pereira, ficou sob observação no Hospital de Chaves, mas já está em casa.

 

 

Com estes 3 pontos, o Chaves mantém-se no 6º lugar a apenas dois pontos de repetir a pontuação da época passada.

 

 

Homem do Jogo

 

 

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Durante anos pairou uma nuvem sobre os adeptos do Desportivo de Chaves: não há um matador. A verdade é que, esta temporada, temos um matador como há muito não se via e, pasmem-se, já estava no plantel. William, a cumprir a segunda temporada de azul-grená, está na melhor forma da sua carreira e já igual o seu melhor registo, com 9 golos marcados quando ainda faltam 10 jornadas para terminar a temporada.

 

 

Contra o Estoril, mostrou toda a sua classe a abrir o marcador. A forma como deixou o defesa contrário no chão e ficou livre de atirar para a baliza, a colocação dos seus remates e a sua capacidade física são o que muito faltou outrora ao Chaves.

 

 

Depois de quatro golos marcados na época de estreia, o brasileiro já duplicou a sua marca no Desportivo e, agora, vamos ver onde vai parar o nosso matador!

 

 

Conclusões da Partida

 

 

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As exibições continuam a não deixar água na boca mas os pontos continuam a acumular-se para o nosso lado. Se no ano passado passávamos metade das jornadas com um sabor agrídoce de “jogar bem, mas não ganhar”, este ano estamos a acumular pontos onde é preciso e, apesar das exibições não serem sempre espetaculares, conseguimos juntar ao jogo de posse o pragmatismo de conseguir vitórias importantes contra, acima de tudo, adversários diretos.

 

 

De assinalar uma estranha falta de coesão no meio-campo, um sector que costuma ser certinho mas que não teve compostura contra o Estoril. Muito passe falhado, problemas fortes na construção que só foram solucionados com a entrada do menino Stephen Eustáquio. Já agora, destaque para o jovem médio que chegou em janeiro a Chaves, um excelente jogador que dá a estabilidade que muito precisa o Desportivo no meio-campo.

 

 

Matheus Pereira voltou a dar tudo e a ser o maior quebra-cabeças para a defesa contrária, enquanto que Davidson, a fazer uma boa temporada, acabou por estar bastante desaparecido nesta partida.

 

 

Por fim, a defesa contou com a solidez que tanto faltou no início desta segunda volta e não é por acaso que este é o segundo jogo consecutivo sem sofrer. Domingos Duarte e Maras conseguiram retomar as boas exibições e contam, principalmente, com um melhor apoio de Djavan que, não poucas vezes, “perdia-se” no apoio ao ataque e descurava as suas responsabilidades defensivas.

 

 

Agora, a grande questão: será que vamos à Europa? Eu digo: calma, não nos percipitemos. O grande prémio desta partida foi conseguir praticamente a garantia que nos mantemos na Primeira e esse, meus caros, é o mais importante nesta altura. Ir ás competições europeias é um grande objetivo de todos os sócios e adeptos mas poderia ser um prémio envenenado nesta altura. Não se esqueçam que ainda não temos o plantel estabilizado e, em princípio, a primeira vez que vamos ter menos de 10 contratações numa temporada será no próximo mercado de verão e, a contratar plantéis novos todos os anos, não há estabilidade nenhuma. Primeiro estabilizar na Primeira Liga, depois venham vôos mais altos.

 

 

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