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Valentes Transmontanos estiveram a um “danoninho” de conseguir a vitória contra o conjunto sadino, mas um golo para lá da hora fez com que os flavienses tivessem de se contentar com um ponto.

 

 

Falem de uma desilusão… Um empate contra o Vitória de Setúbal nem é um resultado que se recusasse à partida para a 20ª jornada da Primeira Liga, mas sofrer o empate bem para lá dos descontos, num canto, na última jogada do jogo ainda dói mais.

 

 

Filme do Jogo

 

 

O Desportivo entrou no Municipal com o onze base ao longo da temporada: António Filipe manteve a titularidade na baliza, o quarteto defensivo Paulinho-Domingos-Maras-Djavan manteve-se, bem como o trio Jefferson-Tiba-Bressan no meio-campo. Na frente de ataque, parece que William ganhou definitivamente o lugar a Platiny, estando acompanhado, como sempre, pelos mortíferos Davidson e Matheus Pereira nas alas.

 

 

O jogo começou com um Chaves ofensivo e a chegar à frente do marcador bem cedo, logo aos 10 minutos, precisamente pelo ponta-de-lança brasileiro William, numa jogada desbloqueada por Matheus Pereira e com uma assistência com o peito de Davidson. Sem sombra de dúvidas, o trio ofensivo a trabalhar bem no ataque azul-grená. Porém, logo aos 13 minutos, a vitória esfumou-se com um penálti discutível, difícil de aceitar, mas que, até certo ponto, deixa a pensar como seriam as reações se fosse ao contrário mas enfim, está assinalado, está assinalado e o Vitória, por intermédio de Edinho, finalizou o penálti e deixou o marcado empatado novamente.

 

 

A primeira parte acabou por ser menos espetacular que o esperado tendo em conta que teve dois golos antes do quarto de hora, mas a verdade é que apenas houve dois lances assinaláveis após a grande penalidade, uma para cada lado. Primeiro, os sadinos procuraram a reviravolta através de um contra-ataque rápido aos 20 minutos, que apanhou a defesa do Chaves completamente desprevenida, mas João Teixeira, com um remate em arco à entrada da área, levou a uma excelente intervenção de António Filipe.

 

 

Aos 22′, foi a vez de Matheus Pereira visar a baliza visitante, de cabeça, após um excelente cruzamento para o meio da área de Jefferson, mas o extremo do Desportivo cabeceou ao lado. Este acabou por ser o último lance digno desse nome no primeiro tempo e as equipas foram para as cabines empatadas a uma bola.

 

 

No segundo tempo, o Chaves entrou mais ofensivo e atirou os sadinos às cordas. Primeiro, Pedro Tiba, logo aos 49 minutos, com uma excelente jogada individual visou a baliza de Cristiano mas, aquele que seria um grande golo, acabou por ser desviado pelas costas de um defesa. Aos 50′, foi a vez de Davidson assustar o guarda-redes visitante. Um passe longo de Domingos Duarte, desde o meio-campo do Chaves, encontrou o extremo brasileiro à entrada da área adversária mas o remate saiu a centímetros da baliza. À terceira foi mesmo de vez e, aos 51 minutos, Matheus Pereira faz um passe a rasgar desde o meio-campo, encontra Davidson na área e o brasileiro faz uma assistência para William bisar na partida.

 

 

Após o golo, o Desportivo só contou com mais uma oportunidade digna para dilatar o marcador, mas o remate de Davidson foi parado por uma bela defesa de Cristiano, aos 60 minutos. A partir desse minuto, o Chaves fechou-se mais atrás e permitiu ao Vitória ir à procura do empate e, após duas boas oportunidades para Nuno Pinto, Tomás Podstawski rematou de fora da área e António Filipe respondeu com uma excelente defesa para fora. Na sequência do canto, os sadinos chegam ao empate por Yohan Tavares.

 

 

Homem do Jogo

 

 

Após o empate tardio dos setubalenses, não deixo de ter pena pela frente de ataque. Matheus Pereira e Davidson, apesar de não estarem num bom dia no que toca a finalizações, foram sempre uma dor de cabeça para a defesa visitante, mas o instinto matador de William leva a taça. O ponta-de-lança brasileiro está na melhor forma desde que chegou a Trás-os-Montes e já conta com 7 golos marcados esta temporada, sendo o melhor marcador da equipa e com menos minutos que Pedro Tiba e Davidson, os “runner-ups” na lista de goleadores flavienses. Que continue na sua senda goleadora, que a melhor marca numa temporada do brasileiro está aí à porta (marcou nove golos em 2015/16 ao serviço do MSK Zilina, da Eslováquia).

 

 

Conclusões da Partida

 

 

Após um empate nos descontos, não deixamos de apontar algumas questões que pairam nas cabeças flavienses acerca do rendimento da equipa:

 

 

-A defesa voltou às piores marcas da época, com 8 golos sofridos em 3 jogos já disputados nesta segunda volta

 

-Por outro lado, o ataque mantém-se bastante produtivo e criativo, com Davidson e Matheus Pereira na melhor forma desde que chegaram a Chaves e William, após dois meses lesionado, regressou a todo o gás e já deixou bem para trás os números da época passada (4 golos em 28 jogos, neste momento conta com 7 golos em 15 partidas)

 

-Não há alternativas: especialmente no ataque, as segundas linhas têm estado bastante aquém do esperado de jogadores que possam entrar e mudar alguma coisa numa partida. Jorginho continua a não surpreender e parece regredir por vezes, enquanto Perdigão parece não conseguir manter a forma, apesar de tal ser explicado pelo baixo número de jogos do brasileiro. O mercado fechou e fomos buscar um médio, algo necessário, mas no ataque continuamos completamente dependentes dos dois titulares.

 

-Perdemos a solidez defensiva que apresentámos outrora: Nas últimas 6 jornadas da primeira volta, apenas sofremos 3 golos. Neste momento, sofremos três golos em dois jogos já nesta segunda volta (4-3 contra o Vitória SC e 0-3 contra o Benfica).

 

 

Estamos a passar por uma fase complicada para todos os clubes, no entanto, as dificuldades costumam aparecer em finais de Fevereiro/Março. Ainda vamos mais que a tempo de voltar à forma que já mostrámos esta época, mas é preciso encarreirar rapidamente. Após o jogo com o Feirense, mais conclusões podem ser tiradas e, quem sabe, menos problemas para gerir.

 

 

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