Fonte: GD Chaves

No futebol não se ganha por ter dinheiro, ganha-se por ser inteligente e competente. E quando quem toma as decisões no futebol não sabe o que está a fazer, não há dinheiro que valha. Rodeiem-se de quem percebe disto no país e talvez consigamos deixar de ser a maior pitstop de jogadores do país. Hoje damos uma lição de gestão desportiva à direção/administração!

JOGADORES SEMPRE A RODAR

Não falamos apenas na paixão ou falta dela das pessoas responsáveis pelo clube, mas também da falta desse amor às cores no relvado e muito por culpa da política desportiva que os flavienses têm vivido ao longo dos últimos anos. Contando apenas com as últimas nove épocas (como a direção gosta de fazer em todas as assembleias), entraram no plantel do Desportivo 166 jogadores, o que dá uma média de 18 (!) elementos novos por temporada. Como é possível haver bases no plantel se 70% dos jogadores entra e sai todos os anos?

 

Outra: a falta de critério a dar a braçadeira de capitão. Um erro gritante na estabilidade de um balneário e que o Chaves sofre muito também devido às constantes trocas de jogadores. Roda tanto jogador em Trás-os-Montes que raramente alguém dura mais que três temporadas de azul-grená e, assim, nunca há nenhum jogador experiente, com anos de casa, que consiga aguentar o barco quando a situação fica frágil. Vamos a um exemplo prático:

 

O Desportivo de Chaves 2018/19 foi um dos mais indisciplinados da história do clube, ao nível da temporada 1998/99 (que também deu descida da Primeira Liga), em que jogadores como o afamado Paulo Torres foram dispensados por escaramuças na noite flaviense. Na última época foi um desfile vergonhoso de falta de respeito, disciplina e profissionalismo no balneário do Municipal. Porque aconteceu isto? Porque no mesmo ano saíram os dois pilares do plantel, Pedro Tiba – o cérebro em campo e fora dele – e Patrão – o jogador com mais anos de casa e que tinha jogado na Segunda Liga. Sem estes jogadores importantes no ambiente do balneário, a equipa acabou entregue a toscos e fracos profissionais (olá Bressan e Marcão), que não só destruíram o grupo como o fizeram com a braçadeira de capitão no braço.

 

A instabilidade no plantel é o maior problema do Desportivo atual e pós-insolvência. Um clube sem bases nem ídolos e para sempre dependente da qualidade mental e técnica do contentor de jogadores que entra ano após ano no Municipal. Mas também há outros problemas que levam a esta falta de estrutura desportiva: treinadores e diretores desportivos descartáveis.

2 thoughts on “GD Chaves: A prova que sem projeto desportivo não se vai a lado nenhum

  1. O projeto desportivo vai das pessoas que vão enchendo a cabeça ao investidor!! ele de bola percebe zero e está mal rodeado, começando pelo genro….

  2. Gostei imenso da análise que foi aqui retratada. Estou plenamente de acordo com os pontos de vista e os alvos visados. Na realidade muita coisa terá de mudar para que a almejada subida de divisão venha a ser concretizada. Esperemos para ver se as coisas mudam na próxima época. Seria bom que os responsáveis do club e da SAD tivessem conhecimento desta exposição. Obrigado pelo empenho construtivo da pessoa que escreveu os textos. Boa noite.

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