Fonte: GD Chaves

No futebol não se ganha por ter dinheiro, ganha-se por ser inteligente e competente. E quando quem toma as decisões no futebol não sabe o que está a fazer, não há dinheiro que valha. Rodeiem-se de quem percebe disto no país e talvez consigamos deixar de ser a maior pitstop de jogadores do país. Hoje damos uma lição de gestão desportiva à direção/administração!

ESTABILIDADE NA EQUIPA TÉCNICA? NEM VÊ-LA!

Comecemos pelos treinadores: desde 2011 o número de treinadores que pegaram no Desportivo alcançou um tamanho ridículo, com 19 (!) técnicos que estiveram à frente da equipa. Destes, nenhum completou duas temporadas em Trás-os-montes (coisa que, diga-se de passagem, não acontece desde os tempos de José Romão) e os que fizeram uma época completa foram apenas dois – Vítor Oliveira e Luís Castro. Se é verdade que dois saíram pelo sucesso que tiveram em Chaves – Jorge Simão e Luís Castro – a verdade é que todos os outros acabaram despachados, num valor nunca divulgado de indemnizações (que duvidamos que tenham sido negadas por parte dos treinadores demitidos).

 

Aqui vê-se bem a falta de pulso da equipa e não só na questão da disciplina. Como é possível criarem-se bases quando o treinador, ano após ano, está a ambientar-se a uma realidade nova? Como é possível comandar, assim do nada, um grupo de jogadores que não se conhece.

 

Além disso, a escolha de treinadores é para lá de incompreensível. Passou-se de Luís Castro, um treinador que joga com posse de bola, para Daniel Ramos, que era capaz de tudo menos meter uma equipa a jogar com bola, seguido de um desconhecido e pouco impressionante Tiago Fernandes para o pináculo de mau futebol José Mota. O que se esperava com estas escolhas de treinador? Pior, este ano manteve-se José Mota e em dezembro, bem depois de se ver que o Chaves não dava nada, volta-se a ir buscar um treinador que quer jogar futebol de posse… Num plantel feito para jogar à base do pontapé para a frente.

 

A dança das cadeiras em Chaves é uma das mais impressionantes do futebol profissional e muito contribui para a falta de consistência deste Desportivo. Um Desportivo que consegue os resultados na tesouraria, mas fora dela parece que só sabe atirar dinheiro para os problemas a ver se se resolvem, o que nem sempre acontece (a descida na última época é um bom exemplo disso).

2 thoughts on “GD Chaves: A prova que sem projeto desportivo não se vai a lado nenhum

  1. O projeto desportivo vai das pessoas que vão enchendo a cabeça ao investidor!! ele de bola percebe zero e está mal rodeado, começando pelo genro….

  2. Gostei imenso da análise que foi aqui retratada. Estou plenamente de acordo com os pontos de vista e os alvos visados. Na realidade muita coisa terá de mudar para que a almejada subida de divisão venha a ser concretizada. Esperemos para ver se as coisas mudam na próxima época. Seria bom que os responsáveis do club e da SAD tivessem conhecimento desta exposição. Obrigado pelo empenho construtivo da pessoa que escreveu os textos. Boa noite.

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