O regresso do Desportivo de Chaves à Segunda Liga também traz de volta um clássico entre dois clubes com história no principal escalão no futebol português e que partilharam, com muita rivalidade uma queda às divisões inferiores.

Penafiel e Chaves opuseram-se várias vezes na Segunda Liga desde a viragem do século, mas a partir de 2008/09, época em que os penafidelenses desceram à Segunda B, os duelos entre as duas formações tornaram-se quentes. Entre a troca de insultos de parte a parte até às recepções com chuvas de paralelos que os adeptos flavienses passaram nas deslocações ao Estádio 25 de Abril, em Penafiel.

Nesse duelo entre candidatos à subida para a Segunda Liga, levou a melhor o Desportivo de Chaves numa épica vitória por 1-0 em pleno Municipal de Chaves, com golo do lateral Danilo, a dar a subida ao segundo escalão à equipa então comandada por Leonardo Jardim.

Mas os tempos mudaram e já lá vão 10 anos desde essa tarde de glória em Chaves e os dois emblemas já regressaram à Primeira Liga e voltaram a cair à Segunda entretanto. Neste regresso indesejado dos Valentes Transmontanos às divisões inferiores, o Desportivo luta por manter um pêndulo positivo, com duas vitórias consecutivas por 2-1 e com exibições a melhorar a olhos vistos. Do lado de José Mota, já se sabe quais são as baixas: Niltinho, Bachi e Tanko estão lesionados e não podem ser utilizados, além de Ricardo Nunes, ainda a recuperar um problema delicado de saúde.

Assim, o técnico do Desportivo de Chaves não deve mudar a equipa que jogou de início frente à Académica. Já o Penafiel vem de uma vitória forte por 3-0 frente ao Cova da Piedade, mas o resultado foi ampliado por dois penáltis convertidos pelo veterano Pires. De resto, os penafidelenses venceram o Casa Pia por 2-1 fora e perderam para o Académico Viseu na primeira jornada por 2-0 em casa.

Espera-se um jogo difícil, mas onde uma vitória pode deixar o Chaves com outra moral neste início de campeonato, quando ainda se esperam mais embates contra candidatos à subida nas próximas semanas. E em causa está, mais que tudo, o orgulho. Não deixem os penafidelenses levar o que quer que seja do Municipal.

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