No último jogo do campeonato viram-se as bancadas mais despidas da temporada. Apenas 1054 flavienses se deram ao trabalho de ir ao Municipal ver o duelo com a Oliveirense, que acabou com derrota por 2-0.
Se uma queda de assistência era antecipada com a descida de divisão, há que dizer que o problema está longe de ser esse. Os jogos em casa nem viram uma mudança assim tão grande de assistência até aos últimos jogos e por motivos óbvios.
O futebol do Desportivo está para lá de horrível, a equipa não mostra superioridade contra ninguém e parece que ninguém está ralado em mudar isso, porque os jogadores continuam desinspirados e perdidos e ninguém os consegue guiar a melhores exibições. O Desportivo tem plantel para ficar por cima de todos os adversários, mas até agora nem por uma vez se viu superioridade sobre quem quer que seja.
José Mota está completamente ultrapassado. Não sabe fazer a equipa jogar futebol e muito menos sabe fazer mudanças que consigam mexer com o jogo. É caso para dizer que quando o Desportivo sofre golo primeiro, é derrota certa.
Por muito menos que isto, outros foram despedidos do comando técnico do Chaves. Norton de Matos, por exemplo, estava em quarto lugar a apenas três pontos do primeiro lugar quando foi despedido em dezembro de 2014/2015, bem longe dos agora 14 pontos que separam o Desportivo do Farense e, já agora, com um futebol bastante melhor que o de José Mota, em que ao menos domináva-mos um jogo.
Sem um futebol minimamente vistoso (coisa que não se vê desde Luís Castro) não só o Chaves não vai atingir os objetivos, como ninguém se vai dar ao trabalho de ir ao Municipal ver um jogo vergonhoso de jogadores com capacidade para muito mais.
Salvem o futebol do Desportivo. Despachem o José Mota e pode ser que o “divórcio” entre adeptos e equipa seja dissipado ainda esta temporada.
“Visto da Descoberta” é o editorial da Comunidade Azul-Grená. Às quartas-feiras, é comentado um tema do dia-a-dia do Grupo Desportivo de Chaves.