Em vésperas da recepção do Desportivo de Chaves ao Sporting no Municipal, recordamos uma das histórias mais inusitadas do futebol português, vivida num duelo entre flavienses e leões.
Corria a 16ª jornada da Primeira Liga na temporada 1995/96 e o Desportivo passava dificuldades para garantir a manutenção, enquanto o Sporting, treinado por Carlos Queiroz, já estava a sete pontos do líder FC Porto, que garantiria o bicampeonato no final da época. O jogo estava empatado 1-1, com Míner a inaugurar, de penálti, o marcador para o Chaves aos 60 minutos, enquanto Carlos Xavier restabeleceu a igualdade já à beira do fim, num livre fantástico.
Já nos últimos cartuchos do encontro, a luz vai abaixo no Municipal de Chaves, deixando os jogadores e equipa de arbitragem no meio do relvado sem poder jogar, e ainda sem o jogo ter chegado aos 90 minutos. Acabou decidido que os restantes dois minutos seriam disputados em março, com os verde-e-brancos a serem obrigados a voltar a fazer a viagem para lá do Marão para jogar os últimos momentos da partida.
Sem nenhum lance de perigo a ser registado, o árbitro Juvenal Silvestre terminou o jogo passados… Um minutos e 45 segundos, com Carlos Queiroz e Pedro Santana Lopes, presidente do Sporting, a saírem irritados de Chaves, enquanto os flavienses festejavam um empate importantíssimo para garantir a manutenção na Primeira Liga.