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Se ficar 13 dias sem Chaves já era mau, então voltar e ter uma exibição assim foi deprimente para os adeptos flavienses. A Europa tornou-se uma miragem, mas a manutenção está já aí.

 

 

 

Desde sábado que estamos a tentar lidar com a quarta derrota consecutiva do Chaves, desta vez em Paços de Ferreira, e só hoje tivemos a cabeça para ligar o computador e mandar uns quantos bitaites acerca das qualidade de jogo do Desportivo.

 

 

A defesa já entrou em campo?

 

 

Comecemos pelo princípio: Luís Castro surpreendeu os adeptos ao entrar na Mata Real com Perdigão e Stephen Eustáquio no onze inicial, com Davidson a manter-se no banco e Jefferson também a ser relegado para os suplentes. De resto, Maras no lugar de Domingos Duarte, castigado, e Rafael Furlan no lugar do lesionado Djavan. A completar o onze estiveram Ricardo, Paulinho, Nuno André Coelho, Pedro Tiba, Bressan, Matheus Pereira e William.

 

 

Do onze que começou a partida, nem se consegue dizer muita coisa de positivo. Stephen não parece ter o físico para jogar a trinco, sendo mais indicado para o meio-campo no lugar de Bressan ou Tiba, dando o equilíbrio que vimos no jogo contra o Feirense por exemplo. Falando na dupla do meio-campo, cada vez parece ser mais evidente que não conseguem jogar juntos porque simplesmente não se compensam. Bressan e Tiba são bastante ofensivos e acabam por deixar a equipa bastante descompensada, principalmente quando um deles (ou os dois) está particularmente abaixo do normal.

 

 

Na defesa, Nuno André Coelho não esteve tão mal quanto costuma ser mas voltou a estar mal no lance do golo para variar, onde perdeu-se dentro da área e deixou livre de marcação Luiz Phellype, mas conseguiu apoiar os colegas com bons pontapés largos que raras vezes falharam um companheiro de equipa. Na ala esquerda esteve o grande problema com Furlan a ser um buraco autêntico e se com Djavan já temos problemas a defender, com o jovem brasileiro pior ainda e nem conseguiu ser útil no ataque. À falta de Djavan, mais vale meter Davidson na lateral que apostar em Furlan, jogador que dificilmente cá continua no próximo ano.

 

 

Paulinho parece padecer do mal de não ter qualquer concorrência na posição e proporcionou um jogo bastante abaixo do esperado, com passes sem sentido, subidas inconsequentes e inclusive um atraso ridículo para Ricardo que acabou por dar em canto. A defesa como um todo ficou extremamente aquém do esperado e foi completamente comida nos dois golos pacenses, no primeiro por falta de marcação no ponta-de-lança mais perigoso do adversário e no segundo por um erro de amador na defesa de um canto, com Mabil a aparecer completamente sozinho na pequena área. Neste momento esta defensiva é uma miragem daquela muralha que ficou 3 jogos consecutivos sem sofrer golos.

 

 

No ataque pouco dá para dizer, Matheus Pereira lutou contra o mundo mas talento sem ninguém a apoiar não serve de nada. William ficou completamente tapado pela defesa da casa e Perdigão, apesar de dois remates com perigo, perdeu-se ao longo de jogo e não mostrou tanto poder ofensivo quanto Davidson dá à equipa.

 

 

Do banco veio capacidade ofensiva e poder de fogo, com Platiny, Davidson e Jorginho a entrar para os lugares de Bressan, Furlan e Paulinho respetivamente, com Luís Castro a apostar num 4-4-2 para tentar tirar mais alguma coisa desta partida. Apesar de tudo, a segunda parte foi bem gerida pelo Paços de Ferreira e o Chaves não conseguiu ter grandes oportunidades de golo, isto mesmo tendo marcado um golo já nos descontos, mas que foi anulado por fora-de-jogo.

 

 

Bem, do banco é preciso de dizer que não há ninguém que mude alguma coisa, o que mostra bem a fraca qualidade das segundas opções do Desportivo. No ataque, só mesmo Platiny é confiável para mudar o que quer que seja, Perdigão (suplente habitual) parece estar bastante perdido esta temporada e não conseguiu mostrar nem metade daquilo que ofereceu na época passada e Jorginho, ai meu deus, Jorginho é capaz de ser o jogador mais inútil que há no plantel 2017/18. Não consegue atacar, não consegue cruzar, não consegue criar, um completo desperdício de espaço e que não trás nada que o dispensado João Mário não desse ao Chaves. O que vale é que só está emprestado…

 

 

Conclusões

 

 

Esta derrota só vem confirmar duas coisas: não há segundas linhas neste plantel e não há qualidade para nos metermos em aventuras europeias. É um sonho bonito, sim, mas se não há estrutura no plantel para sermos sólidos semana sim, semana sim, não há solidez de certeza para ir jogar eliminatórias europeias a uma Roménia da vida e, ainda por cima, perder uma pré-temporada por causa de compromissos europeus.

 

 

Há que dar passos devagar, não é preciso estar a querer à força toda um regresso à Liga Europa quando as consequências podem muito bem ser darmos uma de Arouca. Há, sim, que aproveitar a próxima temporada para melhorar a sério o plantel (o que não significa gastar mais dinheiro, já agora), manter jogadores que possam ser alternativas sólidas e deixar de vez de comprar plantéis novos todos os anos.

 

 

Quanto às jornadas futuras, na recepção ao Belenenses podemos garantir a manutenção na Primeira Liga e, assim, termos a certeza que haverá mais futebol de primeira na próxima temporada e já começar a preparar o futuro. No entanto, espero mesmo que não nos fiquemos só pela manutenção e que lutemos para passarmos, no mínimo dos mínimos, os 40 pontos. Temos qualidade mais que suficiente para isso!

 

 

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