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Nova época aí ao lado e novas contratações são esperadas no Municipal. Por isso, vestimos a farda de olheiro para encontrar alguns reforços para o Chaves.

Acabada mais uma temporada desportiva, finalizada com um fantástico 6° lugar e o recorde de pontos na Primeira liga, é altura de fazer a análise ao plantel e decidir quem deve ficar, sair e quem devem os responsáveis do Desportivo contratar para atacar a próxima temporada com as melhores armas possíveis e com a profundidade suficiente para uma época de sucesso.

Defesas Centrais

Com a cratera que o Chaves vai ficar (Maras dificilmente continua é Domingos já voltou a Alvalade), é imperativo reforçar este sector com qualidade e profundidade. Por agora, Hugo Basto e Nuno André Coelho são os dois defesas da equipa, mas é preciso melhor principalmente quando o central ex-Arouca está parado há meio-campo e NAC já não tem estaleca para ser titular.

Assim, não há nada como apostar num flaviense como Rui Correia que, tal como quando esteve no Nacional, não deverá aceitar jogar na II Liga. No entanto, caso Correia não dê, pode-se apostar em Miguel Vieira, também do Paços, que se mostrou muito sólido esta temporada. Por fim, Domingos Duarte tem sido falado como possibilidade para continuar de Chaves ao peito, numa contratação muito interessante, mas cujo investimento poderá vir a ser demasiado alto.

Para dar profundidade, nada como apostar em jovens como Bruno Wilson (formado no Sporting e em final de contrato no Sp. Braga) ou Artur Jorge (vinculado aos bracarenses também) que podem evoluir e aparecer na alta roda do futebol português através do Desportivo.

Defesas Laterais

A contrastar com a situação delicada do centro da defesas, as laterais estão bem cobertas por dois jogadores de enorme qualidade – Paulinho e Djavan – e as únicas alterações necessárias prendem-se mesmo com as alterações, já que Furlan e Pedro Queirós não devem renovar pelo Chaves.

Assim é necessário ir buscar dois laterais que possam aparecer em caso de castigo/lesão. A nossa primeira escolha seria Edu Machado, mas entretanto renovou com o Boavista, portanto é preciso virar-nos para outra alternativa, como João Góis, em final de contrato com o Paços, que não seria má alternativa, mas se for preferível ir buscar jovens, então Jorge Silva do Leixões ou Joel Pereira podem satisfazer as necessidades do Desportivo.

Na outra ala, o regresso de João Reis (adaptado a lateral com algum sucesso esta época) seria uma opção mais segura caso o “quebradiço” Djavan ficasse indisponível, tal como Rui Coentrão, lateral de 25 anos do Varzim, que fez uma boa temporada nos poveiros e já tem mais “estaleca” para chegar às Primeira Liga. No caso de se apostar em jovens com potencial, João Lucas do Leixões pode ser um dos alvos da SAD após uma boa época na II Liga, bem como Simão Martins da equipa B, que precisa crescer num campeonato a sério mas que despontou na Divisão de Honra da AF Vila Real.

Meio-campo

Se há sector que está mais que preparado para a próxima temporada é o meio-campo, que só precisa de alguns ajustes nas alternativas para ficar no ponto, acreditando que não haverá vendas. Assim, temos as prováveis saídas de Tiago Galvão e Filipe Melo, ficando a equipa com cinco médios disponíveis. A renovação com Patrão é importante, por uma questão de balneário e alternativas, além de ser o jogador mais antigo da casa e um dos mais acarinhados pelos adeptos.

A posição de trinco foi bem colmatada por Stephen Eustáquio, mas a falta de físico do internacional sub-21 pode fazê-lo avançar no terreno. Caso isto aconteça, há que ir buscar um trinco como Ricardo Dias, que fez uma excelente época em emprestado à Académica é que está em fim de contrato com o Belenenses. Já no caso dos médios-centro, João Mendes surpreendeu no Oliveirense e é um jovem com potencial disponível e que já foi sondado pelo Sp. Braga, tal como David Moura no Vilafranquense, com um número elevado de golos no CPP, uma passagem pelo Benfica B e já apontado ao Desportivo pela imprensa, sendo uma escolha boa e barata. Caso se queira mais experiência, Pedrinho, do Paços, tem qualidade mais que suficiente para continuar na Liga NOS e era uma boa escolha, principalmente se perdermos algum titular, com os seus remates de longe a serem uma arma difícil de combater.

Os extremos

A ala direita do ataque flaviense vai ser certamente uma dor de cabeça para o técnico do Chaves, com a saída dos emprestados Jorginho e Matheus Pereira a deixar um vazio completo na posição. Assim sendo, há que reconstruir o flanco direito do nosso ataque com experiência e juventude, dando a qualidade necessária para atacar a nova época.

Assim, Marco Matias seria uma boa opção para reforçar a Desportivo. Após duas épocas em Inglaterra onde não foi indiscutível no Sheffield Wednesday, um regresso a Portugal poderia ser visto com bons olhos por parte do jogador, trazendo experiência e qualidade ao Chaves. Também Xande Silva seria um bom investimento por parte da direção, com o jovem formado no Vitória SC a ser um extremo promissor mas que, por algum motivo, foi colocado de lado na equipa B vimaranense. No entanto, as suas internacionalizações pelos sub-21 mostram que está ali qualidade ao Deus dará.

Outras alternativas que podem fazer as duas alas são Fábio Abreu, extremo angolano de 25 anos o Penafiel que marcou 12 golos esta época na II Liga, e Dieguinho, extremo brasileiro do Cova da Piedade que fez 13 golos na última temporada e não só está em final de contrato, como já tem experiência de Primeira Liga ao serviço do Estoril.

Os ponta-de-lança

Na frente de ataque não há muito que faça falta, contando que não há qualquer saída. Assim sendo, as contratações centram-se num terceiro elemento para o ataque que dê profundidade à equipa. Assim, o jovem avançado de 22 anos do Vizela João Paredes pode ser uma boa escolha para o futuro, sendo um “tanque” de 1,89 metros que marcou 16 golos em 27 jogos no CPP. Outra opção seria o muito badalado Ibrahim Koneh, camaronês de 23 anos do Lourosa, que marcou 23 golos na 1ª Divisão distrital de Aveiro, uma das mais competitivas do país. Ainda outra alternativa seria Tiago Galvão, ainda com contrato com o Chaves até 2019, que poderá ser adaptado à frente de ataque flaviense.

No caso de ser preciso algo mais que um terceiro ponta-de-lança, Carlos Vinícius do Real Massamá é uma escolha obrigatória após os 19 golos marcados pelo avançado na II Liga. Falou-se do interesse do Napoli no jogador, mas não se sabe o que resultou daí. Outra escolha será Kléber, do recém-despromovido Estoril, que será um bom elemento para qualquer ataque da Primeira Liga. Após 16 golos nas últimas duas temporadas nos canarinhos, nao seguirá certamente para a II Liga e a única entrave será certamente o seu salário que, após passagens por FC Porto e China, não deve ser muito simpático.

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