É já este domingo que Vítor Campelos vai fazer a estreia como treinador do GD Chaves. O técnico substituiu Carlos Pinto no cargo e apanha a equipa a uma distância considerável dos lugares de subida.
Ainda assim, há a esperança que o novo treinador consiga trazer de regresso ao Desportivo as boas exibições e os resultados positivos, que têm estado longe de Trás-os-Montes nas últimas épocas.
Vamos, então, mostrar em maior detalhe quem é Vítor Campelos, o novo timoneiro azul-grená.
Experiência profissional
Com uma carreira discreta como jogador, que contou com uma passagem pelas camadas jovens do Vitória SC, arrancou a carreira na equipa técnica do Regil, da distrital da AF Porto.
Como preparador físico esteve no Serzedelo, Paços Ferreira, Aves, UD Leiria e Moreirense. Foi adjunto de nomes como Vitor Paneira, José Gomes e Tony, este último com uma primeira experiência no Médio Oriente.
A estreia como técnico principal só chegou em 2013/2014, quando assumiu a equipa B dos húngaros do Videoton. Esteve uma época no clube, até regressar a Portugal para treinar o CD Trofense, da Segunda Liga.
Meia época depois, voltou à terra-natal para orientar a equipa secundária do Vitória SC, onde viveu três temporadas de bom nível. Conseguiu classificações tranquilas e foi considerado o melhor treinador do clube em 2018.
Ainda enquanto técnico da equipa B, surgiu a oportunidade de orientar a equipa principal, após a saída de Pedro Martins na temporada 2017/2018. Na jornada 24, foi para o banco num duelo com o Marítimo, então treinado pelo ex-GD Chaves Daniel Ramos. O resultado foi infeliz para Vítor Campelos: derrota por 3-2 dos vimaranenses.
Saiu do Vitória SC em 2018. Depois de um ano parado, teve a primeira experiência séria na Primeira Liga ao serviço do Moreirense FC. Em 15 jogos para o campenato conseguiu quatro vitórias e cinco empates, mas acabou por ser despedido pelo sempre volátil presidente Vítor Magalhães, após um triubfo sobre o Belenenses SAD por 2-1. Na altura, a equipa ocupava o 14.° lugar com 17 pontos.
Na segunda metade da época 2019/2020, esteve ao serviço do Al Taawon.
Estilo de jogo
O novo treinador do GD Chaves coloca o 4-4-2 como formação favorita, mas deixa em aberto a possibilidade de jogar com dois pontas-de-lança (o que conseguia com William, Roberto ou Guedes), ou com um segundo avançado mais móvel (como João Batxi ou Jonathan Toro).
Mais que a formação, o estilo de jogo do técnico dá prioridade ao passe rápido, sem trocas de bola mais lentas entre a zona defensiva e com os jogadores a olharem de frente para a baliza, de forma a procurar o caminho do golo.
Em gesto de comparação, este é um estilo semelhante ao de Jorge Simão no GD Chaves na temporada 2016/2017, mas é preciso colocar calma nas expetativas dos adeptos: enquanto o ex-técnico flaviense tinha Leandro Freire, Battaglia, Assis e Fábio Martins, o novo treinador dos Valentes Transmontanos tem jogadores mais lentos e menos criativos.
No entanto, há qualidade mais que suficiente no plantel para o Desportivo de Chaves fazer uma época de sucesso.
As ideias de Vítor Campelos vão ser postas à prova já este domingo, às 14H00, no duelo com o Benfica B.