Quem não se lembra de Makukula? O corpulento avançado ganhou fama no final da primeira década dos anos 2000, onde os muitos golos ao serviço do Marítimo valeram-lhe um contrato com o Benfica, onde esteve longe de ter sucesso. No alto dos 1,90 metros, ficou com a carreira marcada por esse período difícil, que “escondeu” os muitos golos que marcou em Espanha e Portugal.
Mas a viagem do internacional português pelo futebol chegou a passar por Trás-os-Montes. Estávamos em 1992, o pai de Makukula assina pelo Desportivo de Chaves vindo do Vitória FC. Com ele traz Ariza, o miúdo de apenas 12 anos, que ingressa nas camadas jovens do clube que o pai representava.
Makukula jogou nos infantis e nos iniciados dos Valentes Transmontanos. Uma passagem curta pela mão do pai e difícil para o jovem jogador: “Com um pai jogador de futebol eu andava sempre de um lado para o outro e tinha de deixar amigos para trás, nesse sentido a minha infância foi muito difícil porque mudei muitas vezes de sítio, era difícil ficar estável”, disse à Tribuna Expresso em 2019.
Makukula, o pai, saiu para o Lourosa depois de uma época desastrosa para o conjunto azul-grená, que acabou por descer de divisão sob orientação de Henrique Calisto. Com a descida, o experiente avançado foi para outras paragens, tal como o filho. O jovem Makukula foi para as escolas do Vitória SC, onde se lançou na carreira.
Passou pelos espanhóis do Leganés, Salamanca, Valladolid, Sevilla (onde venceu a Taça UEFA) e Gimnástic, além dos franceses do Nantes, até voltar a Portugal para o Marítimo. Depois de meia-época goleadora, rumou ao Benfica, onde foi infeliz. Mas pelo meio, consegue a estreia pela Seleção Nacional num jogo frente ao Cazaquistão, com o golo da vitória a ser marcado por Makukula.
Depois de passar por Inglaterra, Turquia e Grécia, terminou a carreira no Tero Sanasa, da Tailândia. A título de curiosidade, Makukula é primo de Arnold, congolês que brilhou no GD Chaves, e tio de um dos filhos de Kasongo, uma das lendas flavienses.