Tudo o que podia correr mal, correu ao Desportivo na última jornada do campeonato. A precisar de apenas um empate para conseguir a manutenção, a equipa do Chaves voltou a dar um festival de falta de noção, desinteresse e completo desrespeito pelo símbolo que envergam, acabando por ser altamente humilhados por um Tondela que não tem a qualidade do Desportivo, mas que nos dá 10-0 em atitude.
Para o jogo decisivo, José Mota decidiu lançar Filipe Melo e Jefferson de início, num duplo pivot que, acompanhado de Bruno Gallo, cheirava a “defender o pontinho” por todos os lados. E o jogo começou da pior maneira possível para alguém que quer segurar um empate, com Ícaro, central que já passou pelo Chaves, a inaugurar o marcador através de bola parada, o calcanhar de Aquiles de uma defesa à deriva.
Em desvantagem logo aos quatro minutos, não demorou muito até os locais fazerem o segundo golo, com João Pedro a bater Ricardo Nunes aos oito minutos. Dois remates, dois tentos para o Tondela e pior ficou aos 16 minutos, com Murillo a aproveitar a linha defensiva do Chaves não ter qualquer tipo de noção do espaço para fazer o terceiro golo, para desespero dos 600 Valentes Transmontanos na bancada.
Nem foi preciso chegar às meia-hora para o Tondela fazer mais um, humilhando completamente a massa adepta que se deslocou ao Estádio João Cardoso, num completou insulto às cores que representam e que, salvo raras excepções, nenhum jogador defendeu nem mostrou qualquer respeito ao longo da temporada.
Os adeptos apuparam, e muito, os jogadores que desceram o Chaves à Segunda
Ainda antes do intervalo, um pequeno vislumbre de esperança, com Platiny – entrado para o lugar do inútil Filipe Melo – e Maras a reduzirem a desvantagem que, aquando do apito para o intervalo, estava em 4-2.
No segundo tempo viu-se mais Desportivo, que correu atrás do prejuízo e procurou tirar algo mais desta partida, mas não foram capazes de voltar a bater Claúdio Ramos. Ainda deu para mais um golo dos beirões a marcar o resultado final nuns humilhantes 5-2, o Chaves na Segunda Liga e todo um contentor de jogadores inúteis pronto para ser mandado para o mais longe possível na próxima semana.
Foram muitas as desilusões ao longo da época, muita água metida num navio à deriva e um sem número de jogadores que mostraram não terem qualquer capacidade de representar este clube e que, a seu tempo, iremos enumerar um a um. Agora temos de lamber as feridas, beber para esquecer e daqui a uns tempos pensar na próxima temporada, porque jogadores, treinadores e dirigentes passam, mas os adeptos ficam sempre.
Coragem, Valentes Transmontanos!